quarta-feira, 15 de julho de 2020

Mestre Adyashanti - A consciência - O espaço



Sobre a consciência, compartilho este vídeo do mestre espiritual Adyashanti:


Nisso está a chave do despertar. Não em "pensar" sobre isso... Não em "refletir" racionalmente sobre isso... Não em "analisar" sobre isso... Mas sobretudo "sentir" o que sempre é... O que sempre "somos"... Viver então "conscientes" disso apesar de tudo.


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Paz

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Quando somos chamados aos testemunhos da fé.


Como já me acontecera outras vezes, há momentos em que o corpo não ouve os impulsos da alma, ainda que temporariamente, por estar cansado das refregas.

Hoje foi mais um dia desses aqui em Santa Maria, em que minhas pernas falharam, não conseguiram suportar o peso deste corpo magro.

Lágrimas, incompreensão, raiva, tudo isso teima em assomar no coração, e eu não me julgo por isso, sobretudo quando lá no fundo de mim, a Eterna Presença me diz para conectar-me ao Presente Momento, para lembrar que 'sou o que sou' e não esse personagem temporário.

Surge entãodo meio da angústia o sol da paz. É o combustível que ainda me mantém nessa escola.

Deixo isso registrado não para fazer apologia ao sofrimento, longe disso, não quero autopiedade, nem ser visto como vítima da vida, mas sim para passar a mensagem a quem sofre de que não perca a esperança nunca! Firme-se em Deus no seu coração.

Ser feliz em tempos de paz é fácil. Os jardins floridos facilitam. Mas prova de verdadeira força interna é haurir fé não se sabe donde quando tudo parece ruir ao derredor. É disso que precisamos. Força, fé, amor, perdão, autoperdão. Afinal a vida pertence ao Senhor da Vida. Que seja feita a Sua vontade e que a nossa esteja alinhada com a vontade Divina para que possamos ressurgir cada vez mais forte das batalhas necessárias do processo de burilamento espiritual.

Nesse processo, convém reiterar, como já dito em posts anteriores, não se trata de evoluir, mas sim de descortinar a beleza da alma que sempre habitou em nós!

Jesus, o Divino Mestre, já deixou testificado: "Em verdade, o Espírito está pronto, mas a carne é fraca". Entendemos então por Espírito a Vida compartilhada de Deus, o Centro do Ser, e por carne, tudo o que é temporal em nós, como o ego (personagem, suas novelas, seus dramas, seus pensamentos, sentimentos, emoções, sensações, falsas interpretações, comparações equivocadas, julgamentos errôneos, etc).

Que Deus nos abençoe e nos renove sempre como Ele faz nas primaveras da vida, onde secam os galhos das árvores nos períodos de invernias para, posteriormente, ressurgirem mais belas e perfumadas em outras estações !


O Jardineiro celestial sabe o que faz ! Entreguemo-nos confiantes sempre onde as forças nos faltem. E sua mão segura nos apoiará de formas inimagináveis !


Votos de paz!

Santa Maria, 15/07/2020.

Rodrigo.

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Algumas fotos para me lembrar quando superar tudo isso:







A gente passa por esses desafios da vida, eles são duros sim, ardem na paleta, como costuma dizer o gaúcho, mas se não morrermos, sairemos deles inegavelmente mais fortalecidos. É bem como dizem "o que não mata, nos fortalece". E para descontrair bem que eu queria que me valesse aquele ditado que diz que "o que não mata, engorda" (hehe), pois estou precisando de uns quilinhos.

Paz.

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Agora as 15h45min, acabo de sair da última médica (hemato) e como se não bastasse advinha: o linfoma/leucemia correlacionados estão em atividade novamente. Além da imunodeficiência primária, doença celíaca, osteoporose, anemia hemolítica a frio, insuficiência adrenal e desnutrição grave. Ou seja, meu corpo está lutando como um guerreiro espoliado de armaduras quebradas num campo de batalha encoberto por chuva e noveiro de dúvidas e apreensões...

Não me cabe fazer mais nada a ser me entregar e aceitar o momento presente, para sentir o máximo de paz e buscar evitar a dor.


Agora então, 15h50min, eu aguardo na frente do hospital, na cadeira de rodas, até que o carro venha me buscar e seguiremos eu e minha mãe para casa, seguir o tratamento de choque por um mês. Caso não haja resultado, internação imediata será a medida. Por ora, nada de quimio, pois meu corpo não resistiria, segundo me foi informado, preciso me fortalecer. Entreguei-me a Deus. Vou viajar em paz. Quero sentir a mais profunda paz. Que seja!

Votos de paz a todos também.

Nunca olvidem o poder da fé. E o poder da verdadeira entrega a Deus. Isso alivia um turbilhão de dores.

Rodrigo.

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Meu combo:.

1. Anemia hemolítica autoimune
2. DII
3. Linfoma não hodking
4. Leucemia
5. Doença celíaca
6. Imunodeficiência primária variável
7. Algumas várias cirurgias
8. Uma penca de internações

Em contrapartida:

1. Fé
2. Esperança
3. Amor
4. Paz
5. Entrega
6. Aceitação
7. Coragem
8. Autoconsciência do Ser, Despertar da Consciência !

Etc...

Que Deus seja conosco em nossa Consciência sempre para todo o sempre em cada segundo desse palco ilusório da "matrix".


Finalmente, como nos ensina E. Tolle:



terça-feira, 14 de julho de 2020

Mensagem de Eckhart Tolle

Essa mensagem do Eckhart Tolle é belíssima, por isso achei interessante compartilhar, alivia o coração e traz a essência da sua maravilhosa Obra:


Fonte: YouTube 
https://youtu.be/n-obcUDQx58

O lobo escuro (a sombra).


Enquanto não atingirmos a plena consciência de nós mesmos...

Enquanto nosso foco estiver voltado para as flutuações da tela da vida...

Enquanto nos identificarmos por inteiro com a parte transitória que habita em nós...

... sempre haverá o risco de sermos devorados pelo nosso "lobo escuro".

Nosso ser atravessa, assim, verdadeiro campo de batalha, e de refregas aguerridas, sem tréguas, uma vez que o lobo escuro deseja arduamente a nossa identificação para sobreviver.

Nós o alimentamos e ele precisa de nosso alimento, contudo não convém seja ele o nosso "guia" de peregrinação, pois como todo lobo, ele é selvagem, agride e é agredido...

A energia do lobo escuro pode ser tão forte que, mesmo depois da sua disparada de volta à floresta vasta do inconsciente, essa energia paira ao nosso redor como um ente autônomo dotado de certa capacidade de influenciação.

Algumas vezes essa energia, advinda das profundezas até então indevassáveis do nosso ser, nos algema em seu calabouço e de lá não sairemos senão a custa de muita consciência e oração.

Não se trata de espíritos, no sentido de consciência extrafísica, mas, sim, da nossa própria contraparte sombria.

Há, sim, metaforicamente um "lobo branco" que pode ser invocado. E a oração está aí para atiçá-lo em nosso favor.

Tudo isso são metáforas, claro está. Mas não menos verdadeiras. As coisas da Alma não se pode traduzir literalmente, não se pode entendê-la unicamente com o tino da razão, imprescinde senti-las no imo do ser.

Mais uma vez essa guerra no palco do nosso coração serve para nos mostrar a importância e o quanto urge consigamos reconhecer verdadeiramente quem somos, para que não vivamos em conflito interno, no entremeio de duas forças em desequilíbrio.

Nem só o lobo branco, nem só o escuro, é preciso a luz do sol nesse campo de batalha.

Esse sol é quem realmente somos.

Só o seu calor pode transformar ambos os lobos em cordeiros e nos trazer paz.

Fica a reflexão.

Lavras, 14/07/2020.


Um sonho e uma pergunta: o que é real ?




"Por que eu devo acreditar nisso?". Foi esse o questionamento a que minha consciência me levou após um grande aprendizado obtido de um "sonho inconsciente".

Entenda aqui sonho inconsciente como aquele fantasioso, impregnado de conteúdos mentais, palco de teatro do ego com seus pensamentos, imagens mentais e emoções. Difere, portanto, completamente da "projeção astral", na qual a consciência desperta lúcida em outro nível dimensional e pode agir mais ou menos como agimos aqui, é claro que com as faculdades dos sentidos e as potencialidades ora mais aguçadas, ora mais obscurecidas.


Diferir esses dois pontos é muito importante. Não se pode querer comparar laranjas como maçãs...


Mas ocorre que esse sonho inconsciente me levou a meditar sobre a realidade, sobre o palco desta vida, sobre as ideias de "maya", "samsara", "ilusão", entre outros, e a refletir sobre o importante papel da autoconsciência no caminho do despertar. Utilizo o termo "caminho" do despertar, pois é ainda difícil para mim falar em um despertar pleno, visto que, estando em pleno processo, isto é, engajado nessa caminhada, não raro caio nas amarras do ego com todas as suas consequências.


Nesse sonho inconsciente, eu dizia para o meu pai "veja, pai, como estou mais magro"; "veja, aqui, olhe, mais essas costelas saltaram". E enquanto dizia isso entristecido com a doença, ia tirando o blusão, a camiseta, até que fiquei sem camisa na frente dele, sentindo vontade de chorar.


Instantes depois, na mesma cena do sonho, percebi minha mãe e meu pai no quarto. Minha mãe sentada logo atrás de mim, na minha cama, e meu pai em pé observando o fato de eu lhe ter mostrado as costelas. Então, senti um aperto no pescoço e notei que estava utilizando uma dessas golas avulsas de tecido, de um tecido mais ou menos resistente, e que eu quis retirar aquela gola do pescoço, pois estava me apertando, contudo não tive forças de fazê-la sair pela cabeça devido à extrema fraqueza, quando então gritei: "mãe, por favor, me ajude aqui, me ajude a retirar essa gola, ela está me sufocando", ao que minha mãe, no sonho, redarguiu "não vou ajudá-lo, tire-a você, pois se você teve forças para tirar a camiseta e mostrar suas costelas para o seu pai, também pode retirar essa gola do seu pescoço". Eu, nesse momento, entrei em pânico, me coração acelerou, eu fui como que sufocando, senti extrema falta de ar, e disse por entre os lábios entreabertos, como quem roga um derradeiro favor "mãe, é sério, acredita em mim, eu não estou conseguindo... Mãezinha, por favor, é sério, tire essa gola de mim, porque estou desmaiando"... Quando falei isso, senti todas as "sensações físicas", "reais" de estar na iminência de um síncope. Então, despertei na cama de sobressalto meio tenso, nervoso, sufocado, e ainda com extrema dificuldade de respirar...


Qual não foi o meu alívio quando parei e dei-me por conta dizendo, para me autoconfortar, "calma, calma, calma, Rodrigo, foi só um sonho, apenas um sonho". Após isso a respiração tomou seu regular curso, relaxei, abri bem os olhos, me estiquei na cama, e soltei um suspiro...


Incrível as sensações ! Extraordinário filme ultrarrealista assomou nos meus painéis mentais...

Mas, enfim, aonde quero chegar ?


Quero chegar na própria natureza da "ilusão" dessa vida. Lembrando novamente, como já dissera, em outros escritos, que dizer que esta é uma ilusão nada tem a ver com dizer que ela não exista, que não tenha seus efeitos, que não reaja sobre nós com todo o seu peso, mas, sim, apenas significa que não é a realidade última, assim como o sonho não traduz a realidade do período de vigília, ela é como um jogo de videogame, alguns ainda usam a expressão matrix, tão bem delineada nos filmes de "ficção" da respectiva série, que pode ser colocada também aqui para fins de aproximada compreensão.


O ego faz isso com a gente, ele cria todo um cenário, trama um enredo em nossa mente, produz dor, sofrimento, doenças, guerras, desunião, e toda uma vasta gama de desequilíbrios inimagináveis, tamanha a sua capacidade criativa.


Não podemos dizer que uma coisa é real porque tivemos sensações. Para muitos, ser real equivale a dizer "sim, eu vi, eu senti, aquilo aqueceu a minha mão, senti o calor queimando os pelos do meu braço", só para me valer de um exemplo hipotético.


Mas no sonho - e aqui eu pergunto - nós também não sentimos as coisas tão palpáveis?!


Sim. Sentimo-las deveras tangíveis como quando despertos e temos sensações tão fortes ou até mesmo maiores do que as sentidas na vigília.


O que então é a realidade?


A doença, o pecado, a morte, as guerras, as catástrofes, tudo isso de fato existe ou se trata de uma encenação de um grande e convincente filme projetada na tela mental dos nossos seres adormecidos pela falsa ilusão da realidade?


Isso fica para pensar. Não vou me atrever a sinalar esse ou aquele caminho, pois o roteiro da caminhada depende de cada um e isso deve ser respeitado. Mas lembrem-se de que muitas consciências já experimentadas nos aconselharam a questionar as coisas...


Então, questione !

Use um enorme ponto de interrogação.

Não pare até encontrar a sua verdadeira essência luminosa, o profundo estado de presença e de paz para além de todo o entendimento.


E por fim, talvez uma pista para isso esteja lá, como dizem na "missa", bem "no meio de nós", no portal sagrado do nosso coração!


Incrível, não é mesmo?


Mas as grandes verdades - nos afirmam - além de paradoxais, encontram-se nas coisas mais simples...


Votos de paz!


Lavras, 14/07/2020.




O aquecedor e o cristal - ensinamentos da Natureza


Sabe  o que é um cristal? O cristal é uma pedra que despertou. Depois de muito tempo em contato com processos vários da vida, ele se tornou capaz de refletir a luz. É uma rocha desperta. No seu nível de evolução material e energético, ele acordou do sono profundo que o obscurecia, que o impedia de se unificar e refletir a luz. Viveu muito tempo separado da luz, agora, porém, a reflete lindamente e nos encanta os olhos e o coração. 
Veja que há uma luz interior no cristal, de onde ela vem? Tem um motivo causal dela ter aparecido ou foi um estado de receptividade que a permitiu se expressar? No exemplo, a luz vem do aquecedor, simbolizando o sol, ou Deus, ou a Vida, ou o Universo, o que for...
Medite sobre isso. Há uma grande verdade por detrás da aparente metáfora.
O cristal passou a ser o porta-voz do aquecedor. A luz do aquecedor, a mesma luz, a mesma cor, a mesma beleza, está nele. Ou em outras palavras a imagem e semelhança da luz do aquecedor está refletida na pedra que despertou. Será que você não percebeu algo familiar? Será que já não viu isso estampado em algum lugar, mas talvez nunca antes tenha deixado o seu raciocínio mental e egóico de lado para sentir essa mensagem da vida?
Sim. É uma das mais belas, senão a mais bela mensagem da vida, e que fala muito de nós, e como poderia ser diferente se nós fazemos parte de todo esse concerto maravilhoso da vida?!
Eu, você, seu vizinho, vizinha, amigo, amiga, etc, somos esse cristal. Temos a capacidade, a potencialidade de refletir Deus, acontece, contudo, que ainda podemos não ter passado pelas têmperas necessárias do processo. Mas isso não retira de ninguém a sua natureza e a destinação belíssimas.
Aos poucos a Alma, ou a Consciência, vai despertando, vai aprendendo mais sobre si mesma, vai largando de mão o raciocínio da mente para sentir as coisas com o próprio coração, e então passa a ter maior conexão com o Cosmo, com a suprema ordem subjacente a todos os fenômenos ilusórios da vida. Ilusão no sentido da vida ser como um teatro, um video game, com todas as suas exigências e ansiedades, com toda sua separação...
Mas a natureza essencial de cada ser permanece incorruptível...

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Aprendizado da vida


Não é autopiedade, mas sim sincera reflexão, daquelas que não se entende por meio de leituras senão pelo contato direto com a experiência da vida que o senhor Nosso Deus nos concede nesse Universo infinito...
Eu transformo esses momentos em textos, por meio dos quais faço uma catarse emocional, como o suco grosso que passamos num coador. 
De alguma maneira as palavras sempre me aliviaram, desde a mocidade nutria o hábito de ter diários, escritos, papéis com rascunhos de pensamentos.
Antes eles iam todos para o lixo, ora porque me envergonhava, ora porque acabava ignorando mesmo, até que uma amiga de coração me deu a sábia ideia de por tudo em um blog.
Quem sabe algum dia, se este personagem sentir o impulso da vida, possa transpor essa bagagem pessoal de vivências nalgum livro.
Não procuro forçar isso. Pois eu sei que não deve ser uma obra do intelecto, não deve ter como combustível de ignição o ego e sua mente, mas sim o centro do ser, matefaforicamente chamado de coração.
Por ora, digo ao senhor Nosso Deus que quero adquirir com isso tudo paz duradoura, autorrealização interior nas minhas atividades, por mais humílimas que sejam. Quero viver em estado de comunhão com a minha Consciência, morada de Deus em mim, elo de conexão com o universo e os seres, e então me por de corpo e alma a serviço da Luz.
Primeiro eu preciso adquirir a paz, autorrealização, para ter bagagem de caminhar seguro por esse terreno.
Porque, e repito novamente, não é tarefa do intelecto, mas do coração, e isso não se aprende em livros, senão na vida.
Só assim as palavras terão autoridade moral e não serão como um sino que ressoa um metal pobre e sem vigor.
Quando se fala com autoridade moral de vivência a mensagem dispensa qualquer espécie de persuasão ou convenciomento maquinada pelo ego, pois a energia por si só fala aos corações. É como um frasco pequeno, sem rótulo, mas de precioso perfume.



domingo, 12 de julho de 2020

A Consciência - Ego - Transformação




Durante a minha adolescência eu devorava algumas obras de destaque de Carl Gustv Jung. Na faculdade em meio aos livros de Direito sempre havia comigo algum livro da psicologia profunda. Essa vontade de estudar Jung surgiu ao ouvir as palestras de Divaldo P. Franco e notar que ele citava muito aquele psicólogo e psiquiatra suíço. Então eu decidi que deveria saber mais sobre ele. Comecei então a adquirir algumas de suas preciosas obras, entre as quais, Arquétipicos e Inconsciente Coletivo, O Homem e seus Símbolos, além de algumas outras publicações sobre religião e sincronicidade em relação às quais não me recordo agora o nome. E quando surgiu a publicação do "grande" Livro Vermelho, me recordo de ter juntado as poucas migalhas de dinheiro que tinha, pois eu ainda era um estudante sem economia própria, e adquiri o livro que para mim foi muito caro na época. Nesse último livro me chamava a atenção a busca de Jung por sua alma e as imagens elaboradas, as mandalas, todas com profundo significado de união com o Ser. 
Mas onde eu quero chegar é que em algum livro, onde C.G. Jung falava sobre alguns pensamentos como verdadeiras "diabetres eneducáveis" que perturbavam a pessoa, ele mencionava que a consciência poderia mudar qualquer coisa. Que quando se colocava o foco da consciência sobre determinado aspecto, aquilo poderia ser transformado. Entendi na época como uma espécie de autorremédio da alma. Uma forma de curar-se a si mesmo de alguma coisa interior que não se deseja que esteja na forma como está. Pois bem, comecei a procurar mais assuntos de como desenvolver essa consciência, pois eu tinha/tenho coisas em mim, no mundo emocional, no mundo dos pensamentos, que queria/quero mudar, como a ansiedade, o nervosismo, o ato de gaguejar e emperrar por vezes em algumas situações, tudo isso que eu sabia ser de fundo psicológico emocional. 
Durante muito tempo me perdi em pensamento de como deveria utilizar a consciência como uma arma a meu favor, como um farol verdadeiro a iluminar as sombras da alma, para o fim de eu viver mais feliz. Veja a expressão "eu" viver mais feliz. Quem é esse "eu" que deseja tornar-se algo? Hoje, cerca de 15 anos depois eu sei, na época, contudo, não sabia, e aí estava o "pulo do gato". 
Utilizara a consciência mirando as coisas que não gostava e nada mudava, reconhecia em mim a ansiedade e as outras diabretes e nada mudava. Conseguia sentir e entender que estava sob a influência de toda uma constelação de pensamentos, energia psíquica na minha mente e nada mudava mesmo assim. Então me dei por conta de que ou Jung se confundira com sua assertiva sob o papel transformador da consciência ou eu não sabia como utilizar esse papel. Claro que preferi seguir a linha da segunda opinião, pois afinal quem era eu, um simples estudante, comparado ao eminente doutor. O bom senso me levava a questionar, portanto, as minhas próprias conclusões e tive a certeza de que estivera usando equivocadamente todo o meu esforço. 
Procurei então psicólogos, psiquiatras, fonoaudiólogos, todos muito bons profissionais, sem dúvida, mas que apesar de me ajudarem a descascar um pouco das minhas arestas, não conseguiam atingir com acuidade o ponto onde eu ansiava que fosse transformado, a minha alma, aquilo que realmente sou, nem eu mesmo sabia bem o que era na época. A própria denominação de ser um espírito era incompleta na forma como eu a entendida, pois era visto como algo separado do todo, apesar de anos também ter frequentado instituições espíritas muito boas, mas que também, a despeito de me abrirem um novo horizonte de conhecimento de fenômenos novos não abarcavam o remédio buscado por meu coração. 
Eu não sabia usar a consciência. Não sabia, pois, o que era realmente essa entidade. Não conseguia manejar os seus recursos preciosos. Sabia, entretanto, estar nela a tão sonhada porta para a ascensão dentro de minhas próprias potencialidades inatas até então obscurecidas. 
Enfim, descobri nas obras de Eckhart Tolle e de outros pensadores modernos o que estava faltando. Comecei a relacionar com os estudos de Budismo que também eu houvera feito. Da mesma forma comparei com estudos hinduístas e assim por diante e comecei a notar que todos, no fundo, diziam a mesma coisa, mas diziam de forma diferente, mostravam a mesma verdade com cores diversas, como um artista que pinta uma obra diversas vezes usando tonalidades distintas que não chegavam a ofuscar o formato do desenho original. 
Acontecia que a parte de mim que eu julgava estar tomando consciência de alguma coisa era o ego. O ego, esse complexo de pensamentos, sentimentos, emoções, dotado de um corpo, no qual recebemos um nome quando crianças e nos coloca então no mundo de forma separada de tudo e todos, pois sabemos que a criança, na infância primeira, não tem esse senso de separação, nem mesmo da mãe dela, acreditando que tudo e ela são a mesma coisa, e ela sempre esteve certa! 
Então, eu focava, eu ligava a lanterna da visão interior, utilizando o sujeito do ego, olhava para as diabretes ainda com emoção, olhava para as coisas no meu interior (tomava consciência, portanto) utilizando raciocínio analítico, pensava sobre elas, e cometia o maior dos erros, eu tentava achar uma solução com a mente racional, como um matemático que tenta resolver uma intricada fórmula matemática. Claro está que nunca obtive êxito. O ego que mirava, na verdade, também deveria ser um alvo a ser mirado, não por ele próprio, cheio de raciocínios, pensamentos e emoções, mas sim deveria ser notado, percebido, serenamente, pelo Ser Verdadeiro por detrás do ego, pela mesma entidade que sai do meu corpo, às vezes, sem forma, sem nome, e com o qual fico muito feliz de reconhecer a Mim Mesmo como Self. 
Esse Sujeito, ou melhor, o Ser Primordial por detrás do ego, que usando a Consciência, é que pode transformar tudo dentro de nós. Por vezes, em algumas literaturas Ser e Consciência são tidos pelo mesmo. Não está errado, aqui é questão de palavras, de colocação. De fato, a Consciência é o que Somos. O ego é um complexo com o qual o nosso personagem se confunde durante a vida toda e vive sonhando ser o que Somos, mas não é. O ego se visto com os Olhos do Ser se esvai como uma névoa. Pode e deve contudo ser utilizado como instrumento do Ser, assim como a mente é instrumento do ego. O Ser não precisa pensar, ele é pura Presença. É o Estado de Agora completamente lúcido e presente. E ligava-se a tudo o que existe no universo. Daí porque alguns afirmarem repletos de sabedoria que não existe o "lá fora" e o "aqui dentro". Hoje posso sentir o que é isso. E daí também porque alguns dizem que o caminho mais longo que um homem pode percorrer não é outro senão aquele que vai da cabeça ao coração. O Coração, com efeito, é o local geográfico por assim dizer onde fica a Consciência da Alma, não o coração físico, a região do peito. Notem as várias imagens religiosas e se espantam com as pinturas dos "sagrados corações" e entendam que tem muito mais de significado ali do que um ser bondoso...
Tem dias que acredito estar chegando ao fim da minha vida corporal, e por isso me ponho a escrever isso. Claro que não tenho bola de cristal. Mas como não tenho ciência de tudo, nem dia, nem da hora, nem do lugar, não poderia arriscar partir para outra dimensão sem deixar esses comentários a todos aqueles que de boa vontade procuram um caminho para entenderem a si mesmos com sinceridade. 
Votos de paz. 
O Eu Consciente (utilizando o Rodrigo-ego, para escrever). 


sábado, 11 de julho de 2020

Relato projetivo - Lavras - Carne vermelha - Visão


Gente, acabei  de "acordar" são 22h55min, dia 11 de julho de 2020, ainda estou meio eufórico, vou relatar uma projeção da consciência que acabei de ter, e vou escrever isso rápido, coloquialmente mesmo, para não esquecer e passar uma informação importante sobre a carne vermelha.
Eu estava muito cansado, devido à anemia persistente, um cansaço de não conseguir puxar as calças do abrigo depois que me erguia do vaso, ao cabo de minhas necessidades fisiológicas, e digo isso sem nenhuma vergonha, deixo o ego bem de lado.
Nós aqui em casa fizemos um churrasquinho de lareira, costela e salsichão de frango, coisas que eu posso comer, com farinha de mandioca, assistimos a um filme, depois eu e a minha mãe fomos nos deitar, cada um em seu quarto, logo depois ,cerca quarenta minutos após a refeição.
Ela me levou na cama uma bolsa de água quente, com a qual eu costumo ficar abraçado no início da noite, até porque tenho tido dificuldade em me aquecer (muito magro).
Então desliguei a luz, me virei para o lado, e meu corpo exausto como que ia afundando na cama cada vez mais, senti minha boca entreabrir de cansada, e observei sem nenhuma pretensão o ar que entrava e saía dos pulmões, ora pelas narinas, ora pela boca a expiração. Eu não tinha nem queria ter técnica nenhuma de respiração, pois estava tão cansado que só pedia a Jesus que me apagasse na cama para que eu descansasse bem o suficiente para amanhã acordar um pouco mais animado.
Apaguei.
Um tempo depois, que não sei precisar, recobrei um lampejo de consciência, e vi uma mulher de vestido branco, grinalda ou tiara de flores amarelas, não me recordo bem, que entrava pelo meu quarto de jeito amigável. Aproximou-se do lado esquerdo da cama e carinhosamente me deu um beijo na bochecha direita. Eu senti que ela usava um véu branco que encobria a sua face, pois entre os seus lábios femininos pude sentir claramente que tinha um tecido suave na frente. Senti o lábio, o véu e o lábio encostando no meu rosto, dando um beijo.
Depois eu perguntei "quem é você?". Ela me disse: "Sou a Santa Sarça ou Sara" não me recordo nitidamente o que ouvi.
E quero registrar que, apesar de parecer assustador entrar uma mulher de branco no quarto escuro, eu nem tive tempo de sentir o menor medo, porque a sensação de paz que vinha daquela presença era muito tranquilizadora. Eu estava me sentindo confortável na presença dela...
Então ela disse: "Você vai ficar bem, filhinho" e evaporou, foi assim que eu conclui, pois ela sumiu do quarto sem dar um passo em nenhum direção, apenas a sua imagem se esvaneceu no ar.
Detalhe curioso: meu quarto estava escuro, mas de alguma forma eu via ela! Estava consciente, acordado, pleno, fora do meu corpo físico, mas ao mesmo tempo sentia um ar pesado ao redor, no sentido de que eu não tinha a mesma liberdade de voar e sair rápido voando como me acontecera em outras projeções.
Mas, enfim, eu estava desperto no plano astral. Quando então me dei por conta de que eu estava numa dimensão astral inferior do ponto de vista vibracional.
Dei-me conta disso quando percebi que eu só conseguia enxergar as pessoas quando a luz delas me permitia enxergar, eu não estava com completa faculdade da visão, estava muito escuro, nevoeiro, fumaça de serração, como essas quando a gente viaja de Lavras a Caçapava às vezes.
Num momento eu quis me erguer da cama e senti uma presença, desta vez sentada no lado direito, isso bem depois da Sara ter partido (eu fiquei um tempo acordado em cima do corpo na cama pensando sobre o ambiente, me situando).
Notei que essa segunda pessoa queria brincar comigo, no sentido de me fazer traquinagem, trapacear, ela ou ele não sei, não pude ver, apenas sentir, não me deixava sair voando da cama, como que me empurrando contra o colchão.
Eu ali acordado, mas não sentia medo, apenas tentava forçar, voar, e aquelas mãos me segurando.
Noutro instante achei que fosse a minha mãe que talvez tivesse levantado do quarto ao lado para ir me ver, mas no mesmo instante esse pensamento se foi ao me dar por conta  de que minha mãe não teria motivos para me sacanear assim.
Foi quando a ficha caiu! Eu estava no umbral ! Era uma pessoa moradora de lá...
Então resisti, peguei pelos punhos dela ou dele, e a(o) tirei de cima de mim, olhei e vi a parede do meu quarto com a cortina amarela e me grudei literalmente na parede como um doido de braços esticados como quem salta a morrer (hehe) de um prédio tipo o superman (hehe).
Qual não foi a minha alegria quando meu corpo atravessou a parede e eu voei por cima da área que fica do lado de fora da minha janela em direção ao vizinho. Notei algumas diferenças na arquitetura da área, as telhas eram maiores, parecia um pátio maior.
E senti que não podia ver nitidamente naquele breu nevoento, e que tinha mais pessoas, algumas até com roupas militares, que vinham em minha direção, caminhando por cima da área.
Eu instintivamente fugia voando, mas tinha que me esforçar para enxergar elas, eu dizia comigo mesmo pensando no chacra frontal "eu vejo, eu vejo", mas que nada! Não conseguia melhorar a minha nitidez da visão.
Ah! E eu notei também outra coisa diferente das outras projeções. Quando eu dava impulso de voar (agora lembrei que uns falam volitar, mas não interessa) parecia que me exigia esforço, e eu voava alguns metros, uns vinte, trinta metros, e logo começava a cair como um pássaro gordo (hehe de gordo não tenho nada). E aquilo me intrigava. 
Num certo momento, abriu-se uma janela na minha casa. Olhei e enxerguei a minha mãe. Consegui ver bem ela, toda luminosa, com um halo de cerca de dois metros pelo entorno do seu corpo. Coisa mais linda. Iluminada literalmente. Uma lanterna humana... E ela como que estava me chamando para alguma coisa. Não soube o que era...
E eu disse: "Mãe, vem, vamos voar, vem...". Estava muito feliz apesar de tudo, pois adoro sair do corpo. Então impulsionei um voo em direção a janela,  abracei a minha mãe como quem tenta puxar ela para fora da casa e nisso a minha consciência volta para o corpo físico, na cama, meio sufocado, pois uma coberta estava por cima do meu rosto me tapando a respiração.
Já no corpo físico, desperto na cama, como de costume gritei para ela no quarto ao lado: "Mãe tu lembra, tu lembra?". 
A mãe veio até me quarto que fica ao lado e disse: "Lembrar do que? Eu estava dormindo...".
Então relatei para ela, eufórico, a experiência, estava me sentindo alegre como uma criança que ganha um presente esperado.
Nisso, quando acabo de narrar para a minha mãe sobre o encontro com a denominada Sara e tudo o mais, já acordado, no corpo físico, luzes do quarto acessas, eu olho para o lado e vejo o vulto de Sara passar e atravessar a parede...
Novamente, nenhum medo...
Eu então repeti apontando o dedo: "olha ali mãe, a Sara acaba de passar"...
Nós então damos risadas juntos, eu e minha mãe, após o que ela voltou para o seu quarto, eu fui ao banheiro de novo, e logo peguei o celular para por esse fato no blog para passar informações e ajudar as pessoas...
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De tudo isso, o que eu pude inferir: me lembro de algumas obras do Chico onde estava narrado que as pessoas iam em equipes para regiões umbralinas, como eles chamam, para ajudar os que estavam lá, mas que alguns não conseguiam enxergar os trabalhadores da equipe, alguns quando muito ouviam-lhes a voz... Eu então pude constatar por mim mesmo que isso é verdade. A faculdade da visão fica mesmo ofuscada em certas circunstâncias. 
E conclui ainda que a dificuldade na visão foi devido ao churrasquinho na lareira. Sim. A carne vermelha atrapalha, obstaculiza, sim, as faculdades da alma. Nesse caso vivenciado por mim, a materialidade da carne vermelha ingerida, de alguma forma, afetou o psicossoma, de modo a tornar menos nítida a minha visão.
Então, entendi sobre os livros do Chico que realmente as almas muito materializadas não conseguem mesmo usar suas faculdades da visão, audição, etc, dependendo do caso. Isso ficou muito claro para mim. Foi um ensino prático imenso.

...
Fica o registro. Agora são 23h41min, e eu não pretendo corrigir o português nesse momento nem mudar nada para ficar o mais original possível nas lembranças.


Votos de paz!
Rodrigo.

sexta-feira, 10 de julho de 2020

O que somos ?!



Esse aqui é o meu caderno (caderno de quem? risos, aqui já identificamos um "ego"), mas, enfim, é um caderno onde se deposita reflexões, pensamentos, às vezes, notas brotadas do mais profundo silêncio, fonte essencial do nosso essencial Ser. 
Acreditamos que somos algo por que pensamos. Ainda alguns teceram máximas relativamente verdadeiras, que, não podemos dizer equivocadas, mas, talvez, mal interpretadas, ou, ainda, corretas dependendo do ponto de vista, como aquela que diz "penso, logo existo". 
Mas posso existir sem pensar? Claro que sim. E nisso, realmente, consiste a nossa natureza essencial, primordial, bem-aventurada, sempre presente por detrás da cortina de ferro dos pensamentos. 
Assim como crescem as nossas unhas, os nossos fios de cabelos, da mesma forma como a nossa pele se renova de tempos em tempos, o nosso coração bate, a respiração acontece, a digestão tem o seu curso, etc, os nossos pensamentos acontecem em nós. Há um órgão invisível aos olhos atuais, mas presente através e no entorno do corpo físico que produz os pensamentos, que interpreta, que analisa, que compara, que julga... 
É apenas um órgão chamado mente. É um órgão que pertence a uma entidade chamada ego, da mesma forma como o intestino pertence ao corpo. Nós, contudo, não somos nem o ego, tampouco os pensamentos do ego, nem a mente do ego, embora estes sejam importantes instrumentos que "deveriam" estar a nosso serviço. Não raro, porém, ou melhor, via de regra, nossa essência acaba escravizada por eles como que um pássaro dentro de uma jaula. 
O mundo caminha, entretanto, para novos horizontes mais felizes. No fundo, não há desastres nos acontecimentos, nem nas guerras, nem nas doenças, nem das pandemias, que conduzem à morte. Tudo são bençãos. Sabem alguns, todavia, que isso não pode ser, de imediato, compreendido pelo ego, pois ele está preso a correntes de pensamentos imediatistas. Contudo, tais acontecimentos dolorosos são a chave de um novo alvorecer, de um despertar, tanto individual quanto coletivamente. 
 A nós, cabe-nos desidentificarmo-nos do ego, no sentido de deixar de tê-lo como nosso eu essencial. O ego existe, e tem sim o seu importante papel, contudo deve estar a serviço da Consciência, que é o que verdadeiramente somos, mas não o contrário, o que tem, infelizmente, acontecido há muito tempo. 
Atualmente, somos dois, um ego e uma Consciência, e entre esses dois podemos optar onde por o foco da nossa percepção. Um é conceitual, analítico, o outro é apenas Presença, Presença Eterna e Bem-Aventurança. 
Nas Escrituras Sagradas, o próprio Moisés já havia obtido tal resposta da "sarça ardente" que, quando inquirida, lhe respondeu em palavras absolutas: "Eu sou o que sou". 
Que o Pai Celestial nos conceda a graça desse entendimento e nos dê mais expansão da Consciência para que possamos herdar o "Estado de Graça". 

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Despertar II


Despertar



Obs: esse é o objetivo da minha existência (Despertar). Ass: Rodrigo.'.

The Work / O Trabalho de Byron Katie


Achei muito interessante e, por isso, colaciono o seguinte trecho de preciosa obra da autoria de Byron Katie, conforme segue:


"Você, um contador de histórias, o projetor de todas histórias, e o mundo, a imagem projetada dos seus pensamentos.
 (...) 
Desde o começo dos tempos, as pessoas têm tentado mudar o mundo para serem felizes. Isso nunca funcionou porque essa abordagem trata do problema de forma invertida. O que The Work nos dá é uma maneira de mudar o projetor — a mente — ao invés de mudar a projeção. É como se houvesse um fiapo na lente do projetor. Pensamos que há uma falha nas pessoas projetadas na tela e tentamos mudar essa ou aquela pessoa, quem quer que seja a pessoa em quem aquela falha apareça. Tentar mudar as imagens projetadas é inútil. Ao nos darmos conta de onde o fiapo está, aí então podemos limpar a lente. Esse é o fim do sofrimento e o começo de um pouquinho de alegria no paraíso".


Fonte: Trecho retirado da obra "The Work / O Trabalho de Bayron Katie".
Disponível em: https://thework.com/wp-content/uploads/2019/12/lb_pt_19sep2019_a4.pdf
Acessado em: 09/07/2020.

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Meu próprio depoimento:

(LINK do material com exercícios ao final abaixo do título em amarelo).


Eu, Rodrigo, havia assistido a um vídeo no YouTube da autoria de Cátia Simionato, no Canal Ser Felicidade (a propósito, sugiro que você que desejar aprender a ser mais feliz acompanhe esse canal, ele é maravilhoso) e ela comentou sobre os vários professores, professoras e mestres dela, entre os quais, a Bayron Katie, e nisso ela falou sobre um método de como utilizarmos o perdão, de como se desfazer de pensamento negativo, de como nos sentirmos melhor (mais ou menos isso, me perdoem se eu não for tão preciso). Então, como sou amante dos livros, acordei cedo e me veio a ideia na mente de que eu deveria adquirir algum livro da Bayron Katie, afinal, quem não tem coisas na sua vida para resolver, não é mesmo? Só que então, ao encontrar o site acima indicado nas referências, descobri que estava disponível um ebook, gratuitamente, que continha exatamente a técnica empregada por Bayron Katie chamada de The Work. Ah! Mas é claro, comecei a devorar o material, até porque não eram muitas páginas (20) e fui fazendo os exercícios de perguntas e respostas e inversões com toda a sinceridade comigo mesmo, e procurando sobretudo dar vazão aos sentimentos que assomavam no meu coração, fui apreciando um a um, até que ao final eu dei uma natural, espontânea e gostosa "risada", praticamente me joguei instintivamente para trás da cadeira e pensei "mas não é que isso funciona mesmo". Então, eu testei comigo, funcionou, e por isso não podia deixar de compartilhar. No início do trabalho de autoinvestigação, com perguntas e respostas, por assim dizer, você se sente mal, não vou esconder isso, vem um sentimento muito mal, que oprime, e você vivencia de novo situações ruins da sua vida, e dá até vontade de desistir. Mas daí me lembrei de que a Cátia dizia "deixa vir o sentimento, não impeça ele, no final vai dar tudo certo". Então me lembrei e segui em frente, encarando, sentindo, aquelas sensações, sentimentos, opressores... Mas à medida que você vai concluindo o exercício, principalmente na fase de "inversão" (você vai saber o que é se ler e aplicar o material), você vai se sentindo mais leve, em paz, libertado daquilo tudo, no meu caso eu até dei uma gostosa risada atirado na cadeira, como comentei antes. Portanto, como fez muito bem para mim, e deixo aqui para você, compartilho esse belíssimo trabalho que a vida me apresentou. Sinta paz! 

Rodrigo. 

Acesse o link e faça os exercícios e confira por si mesmo(a): 


https://thework.com/wp-content/uploads/2019/12/lb_pt_19sep2019_a4.pdf

Seja gentil consigo mesmo, faça certinho, pegue papel, caneta/lápis, seja sincero(a) nas respostas, afinal, quanto vale o seu bem-estar, a sua paz? Vai lá...

SINTA PAZ !

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Notas sobre a unidade da vida.


Observe que quando Jesus falou que quando fizéssemos o bem a um daqueles pequeninos era a Ele que, em verdade, o faríamos, Ele não falava como um homem, mas sim era a Consciência Universal falando através do homem Jesus, ou, em outras palavras, o próprio Cristo que pronunciava as palavras.

Observe, ainda, que quando a Consciência Universal falava não havia palavras inúteis ou floreios desnecessários, de modo que cada palavra era colocada como tijolo preciso em local adrede programado.

Não é de se espantar que têm passagens das Escrituras que ainda hoje não foram dissecadas em sua profunda extensão. 

Nada mais natural, pois a sabedoria aumenta à medida que se elevam as experiências do espírito, e isso, claro está, não ocorre de uma hora para a outra nessa dimensão de sonhos, onde o tempo tem, sim, seu papel, ainda que possa ser ultrapassado por alguns, em caráter de exceção, que já penetram em sintonia para além da causalidade (não é, contudo, a regra).

No plano da dimensão profunda do Ser, não havia, não há, nem tampouco haverá divisão entre o homem Jesus, o Cristo de Deus, a própria Consciência, e as pessoas todas, por mais bárbaras que sejam/fossem.

Assim ao alcançar um pão ou um copo d'água a uma criança, por exemplo, tal medida é ato da Consciência Universal servindo a ela própria por meio de personagens diferentes e temporariamente esquecidos de Sua Natureza Divina.

Não é parábola ! 
É exatidão de palavras...

Há, sim, parábolas, como a do joio e a do trigo, entre outras, porém há muitas coisas que são mais literais do que se pode supor. O homem raso, aqui, que não poder entender, ou, quiçá, não conseguir aceitar os fatos diante de seus estreitos lindes do raciocínio, prefere atribuir ao campo da alegoria aquilo que não fora senão comentado como uma verdade insofismável.

Ainda levará algum tempo, nessa dimensão, para isso ser disseminado de forma tão inconteste quanto ao conhecimento hoje reinante de que a terra não é plana e que dragões não a vigiam pelas beiradas, como antes se supunha.

Agora pense numa outra coisa. Vivemos numa época estranha. Geralmente só se aceita uma coisa como verdade quando se diz "é científico". Mas você já parou para pensar profundamente sobre isso? Quem diz que uma coisa é ou não é científica? Não é o homem? Mas o conhecimento do homem abrange o absoluto? Creio que não. 

Não se contesta aqui as descobertas dos laboratórios e testagens humanos, o que se quer sinalar é que, no campo da Alma, a diretriz cartesiana do pensamento é tão incapaz de penetrar quanto um pássaro sem asas de alçar voo.

Fica a digressão como nota reflexiva.

Voltando ao tema em enfoque, não há, portanto, divisão. O budismo fala em avydia como ilusão. Não há o que verdadeiramente buscar. Não há o que fazer nesse sentido. Tudo já está pronto. O olhar é que precisa ser treinado...

Enquanto as lentes do olhar não forem limpas, então seremos mais ou menos livres para buscar evolução, nascer e renascer, rir, chorar, sofrer, e gozar de uma série de sensações, sabores, texturas, tudo sujeito à linha do tempo, aos inevitáveis resultados da causalidade, ao nascimento, a morte e assim sucessivamente, até o dia em que vem o cansaço, o precioso "cansaço" de todo esse teatro. 

Sim! O cansaço, a insatisfação tem seu importante papel na caminhada, da mesma forma que é preciso repugnar um doce para parar de comê-lo.

Então, voltamos às palavras do Cristo, e então apenas exclamamos: "Ah! ...".

E esse "Ah!..." é o grande prêmio da dor, é presente Divino, o "click" que faltava para tornarmos a sorrir !

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Dedico esse simples comentário aos corações de boa vontade. 

Os cérebros aqui não compreenderão vírgula após vírgula...

Paz.

terça-feira, 7 de julho de 2020

Reflexão sobre a doença


Fico meditando sobre as conjunturas da doença à luz dos ensinamentos espirituais nos quais tenho mergulhado os anzóis da reflexão.

Antes, contudo, revelo que se me atrevo a acenar a tais postulados não é por outro motivo senão que a vida, por excesso de misericórdia, me concedeu a dádiva de, ainda na matéria carnal, provar pessoalmente das experiências extrafísicas, uma que outra vez, em que pese o curto lapso de tempo, o qual, exíguo, não se fez menos persuasivo quanto à sua excelsa realidade.

Descortina-se, pois, para muito além do aparelho carnal humano, variadas camadas ou campos de energia, variando do magnetismo à eletricidade e até mesmo a fontes de força outras até então desconhecidas dos laboratórios terrestres, mas que nos vestem a indumentária quais camadas sobrepostas do nosso ser.

A mente, origem dos intrincados painéis dos pensamentos, propulsora dos desejos e materializadora das ações, emoções e sentimentos, pode ficar enferma...

Pensamentos tóxicos, entre os quais a inveja, a ganância, a sexualidade desvairada, a agressividade sem moderação, entre outros diversos, a exprimirem-se em varia gama de diversidades, vão conferindo camadas espessas e grudentas nos mantos do espírito, impingindo-lhe de feridas e chagas que serão, mais tarde, escoimadas consoante passem de camada mais sutil à mais densa até penetrar nos escaninhos da matéria, a qual, como já nos revelou santificado benfeitor, nos serve também de verdadeiro mataborrão.

Assim que se pode afirmar com segurança a doença surge medrando dos painéis mentais, energéticos mais sutis até aparecer como sintomas físicos, ulcerações, feridas, intolerâncias, desordens somáticas de todos os tipos.

Daí os clarividentes anteverem uma enfermidade antes mesmo que o mínimo sinal de desordem desarranje o aparelho palpável do ser.

Ao mesmo tempo, pois, em que o espírito imortal expia o erro pela dor da carne, vai limpando a veste energética de tais impurezas, como um coador que separa o bagaço dispensável do suco da fruta.

Muitas doenças quando não são as chaves de regresso às portas da morte renovadora, servem à criatura humana como esponjas purificadoras dos charcos da alma.

Nisso consiste o bem sofrer. Não em apologia extremada à dor, tampouco em sadomasoquismo doentio, senão em remédio amargo e redentor do espírito, cujo inexorável fanal é partilhar das dúlcidas alegrias e júbilos das moradas celestes.

Saibamos, portanto, aproveitar o estilete da dor como ferramenta bendita a aplainar as imperfeições de nossos atos pretéritos no rumo certo da regeneração consoladora.

E, nos momentos mais pungentes, não nos esqueçamos do Divino Modelo, Cristo Jesus, que jamais desampara suas ovelhas desgarradas por mais perdidas que estejam do rebanho...

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Intuído por mim, hoje, às 6h11mim.
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Rodrigo.

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Deserto




Não sei aonde esse deserto vai me levar.

Mas existe uma magia, em todo o deserto existe uma magia, há significados soprando seus agouros por todos os lados...

Parar em meio à travessia é autocondenar-se à morte ou a mais largo sofrimento.

Todo o deserto, porém, exige prova de resistência, e, ao final, promove inegável e profunda transformação do ser.

É uma caminhada rumo à transformação espiritual.

Ainda não sei qual é ... No entanto, abri meus ouvidos, coloquei em prontidão meus olhos e meu coração...

Todo símbolo, todo sinal, é precioso pergaminho a destilar aprendizado e sabedoria...

Queira o Pai Celestial que eu saiba aprender...

Sigo, pois, a peregrinação de mãos dadas com as estrelas e embalado pelo canto dos grilos...

sábado, 4 de julho de 2020

Convite



Amigo, amiga, sabe que há alguma coisa, alguma força em nós, no nosso coração, lá no fundo, que se recusa a desistir… A desistir da vida, do propósito, do fanal… Alguma coisa que, até deixa você gritar de desespero por algumas horas, mas que no fim de cada dia, quando você recosta a cabeça no travesseiro insiste em queimar o seu coração com a marca da sua presença… Sim, queimar, marcar… E faz isso de forma tão forte e intensa que lava a sua alma e refaz suas migalhas de vigor para facear, no amanhã, ainda que entre passos fracos e trôpegos, um novo dia… Até aquele dia derradeiro que só essa força saberá delinear…

Durante muito tempo, meu amigo, minha amiga, eu sentia vergonha de escrever sobre as minhas dores, sobre as dores do meu coração, da minha alma… Puerilidade ou recato, não o sei dizer, mas alguma barreira se estendia entre mim e essas palavras que ficavam, não raro, atoladas na garganta, espremendo-se para sair de alguma forma, acabando por se manifestar como crises de ansiedade, temor, palpitações, gagueira, tristeza somatizada… Hoje, porém, mais humanizado, mais calibrado e humildade, produto do aguilhão inexorável da dor que toca a minha a vida, reconheço que devo partilhar sim dessas palavras, pois são as notas musicais, ainda que desarmônicas, do instrumento chamado ser humano que sou…

Então, ponho-me a escrever, depois, é claro, de uma oração, ou, mais propriamente, uma conversa toda sincera com o senhor do trono do amor que vive em mim, que habita em cada um de nós… A minha mais sentida esperança, a única força capaz de me reerguer dos escombros…

Assim, meu amigo, minha amiga, que eu me encerro no meu quarto, de olhos cabisbaixos, muitas vezes regados de orvalhadas lágrimas de sentimento de impotência, diante de tamanhos vulcões da vida, para abri-me ao nosso Pai Celestial, Fonte de Todo Poder e Glória, Senhor de Todos os Reinos, Senhor de Nossas Vidas… E sabe o que me faz mais sentido ainda? É que esse Poderoso Monarca me ouve ! Logo a mim, criatura tão pequena, cheia de defeitos, e Ele me ouve de forma tão carinhosa que, às vezes, toca nos refolhos mais íntimos de minhas feridas, cicatrizando com Mãos Santas, uma a uma, pacientemente, como um Enfermeiro dedicado que auxilia sem ver a quem, como dizem na poesia, da mesma forma que o vento, o qual não fala mais docente aos carvalhos gigantes do que às menores das folhas da grama… Então, estimado, estimada, pingam mais orvalhos do caule seco e trépido do meu ser, contudo, dessa vez, gotas de alegria, amor e reconhecimento todo esperançoso de que Ele, o Senhor dos Tronos, nunca me deixa sozinho, assim como nunca deixa você sozinho ou sozinha, nem mesmo depois do derradeiro sono, pois Ele é quem dá a pincelas e a tonalidade na tela esplêndida de cada novo renascer, como um Artista Primoroso, que não se cansa de apreciar a beleza de sua própria obra, feita e refeita, incontidas vezes…

Isso não é, pois, meu amigo, minha amiga, mais do que um singelo depoimento de um coração humano a destilar o perfume de um convite a você: um convite para cultivar o hábito da conversa com o Nosso Pai, bem aí no seu coração, bem no meio dele, na sede da sua alma, no templo do seu espírito, por maiores sejam as conjunturas temporariamente desagradáveis que rondem a sua tenda… Eu não gostaria de confessar, mas apenas de minhas três décadas e pouco de sonho nessa terra, posso dizer que conheço a dor física bem de perto, e sem querer entrar em detalhes sobre minha personalidade, o que não importa, posso afirmar que sempre, mas sempre mesmo, depois de cada bordoada da vida, a Mão Segura e Firme e Toda Carinhosa do Meu Pai esteve ali, bem do meu lado, me pegando no colo e me enxugando as lágrimas e feridas, empurrando-me sorridente para um novo recomeço, bem como aquele pai que embala feliz a sua criança numa praça de balanços e diz a ela que siga, que vá, pois Ele está ali a postos se precisar…

Então, converse com Deus, à sua maneira, ao seu modo, mas não deixe se apagar essa chama que habita o seu interior, pois a menor das chamas já é combustível suficiente para vencer imensidade de sombras…

Escrito pelo meu coração, observado pelo Pai, em Lavras do Sul, no dia 04/07/2020, às 22h51min, gentilmente Rodrigo.

sábado, 27 de junho de 2020

Gotas de coragem




A coragem, quem já não ouviu falar dela?

Muita confundida, às vezes é reconhecida nos fanfarrões como uma característica, não passando, nesses casos, de superficial máscara do medo. 

Muito confundida, por vezes é vislumbrada em atitudes menos dignas daqueles que vivem com o cenho crispado, falando em tom agressivo, e impondo seus pontos de vista aos outros, sem o menor toque de gentileza.

Muito confundida, é vista, aqui e ali, com força física, murros, gritos, solavancos, que nada mais são do que notas de desequilíbrio do instrumento íntimo da alma. 

Coragem, ao reverso, é a força propulsora do coração que nos faz arregimentar as últimas gotas de força e esperança num objetivo digno de "gladiador de si mesmo". 

Coragem... é quando você não consegue se levantar da cama, devido ao peso da gravidade que tortura o seu corpo fraco, doente, e mesmo assim você insiste, muitas vezes entre lágrimas. 

Coragem... é quando o braço sente dificuldade em segurar a própria escova de dente, que se torna pesada demais, diante de tamanha anemia, mas, mesmo assim, você se segura na pia, olha de relance o espelho, e continua na higiene pessoal.

Coragem... é quando você decide tomar banho, mesmo não conseguindo ficar de pé no box do banheiro, quando a água do chuveiro pesa toneladas nas suas costas como empurrando você para o piso, mas você, ainda, assim, não desiste.

Coragem... é quando você não consegue se vestir, nem se secar sozinho, por falta de forças, mas se segura na pia do banheiro, enquanto é ajudado, mantendo postura íntima de dignidade heroica, embora com o corpo combalido de dores. 

Coragem... é quando nas inúmeras vezes que a dor da quase morte lhe visita, você olha para o teto do quarto, e diz para Deus que seja feita a vontade Dele e não a sua.

Coragem... é dar mais aquela garfada de comida sem sal, a qual embora sem sabor, é o remédio nutritivo que você sabe ser o necessário.

Coragem... é quando o corpo se curva, por fraqueza, por dor, por desnutrição, mas a sua alma permanece bem erguida, no seu íntimo, convidando pensamentos resistentes para prosseguir mais um dia da jornada. 

Coragem... é, enfim, uma atitude interior, silenciosa, temperada de experiências próprias, muito, mas muito distante das ruidosas expressões da agressividade e do medo. 

Que Deus abençoe a todos. 

terça-feira, 23 de junho de 2020

Temos escolha ?

Pensando muito naquela sentença popular segundo a qual "aquilo que não nos mata, nos fortalece".

Eu não gostava muito da ideia de fatalidade (sabe?).

Talvez fosse a voz do ego humano, animal, que ainda falava muito forte em mim, querendo segurar as rédeas de tudo.

Durante muito tempo apreciei a imagem do "livre-arbítrio" de forma absoluta, mal me dando conta de que de absoluto só há Deus.

Você pode e tem todo o direito de discordar de mim, e eu respeito muito a sua valorosa opinião, mas de minha parte, a vida me tem ensinado, de forma muitas vezes forte, de que existe, sim, "fatalidade".

Aquela outra máxima na qual está escrito "o que tem de ser será, ninguém ataca, e o que não tem, também não será, não adianta...", é um fato que vejo, hoje com o coração mais esclarecido, quase todos os dias.

O livre-arbítrio existe também, é claro, mas em algumas coisas, talvez em alguma dimensão...

Eu não tenho essas respostas, e sou do tipo que não se convence com livros, gosto das experiências, de aprender com o coração, de sentir com as entranhas, para então comentar algo.

Por ora, nesse assunto (livre-arbítrio) eu fico em respeitoso silêncio até que a vida me ensine.

Posso, contudo, de algumas coisas apenas suspeitar.

Que Deus abençoe a nós todos, que ilumine a humanidade, que toda essa fase seja superada, que possamos aprender, crescer, evoluir, amar cada vez mais.

Rodrigo.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

HCAA - Doença Celíaca - diagnóstico fechado

Após passar muito mal, praticamente definhar terrivelmente (sem exageros) e depois de muito tempo de dúvidas fechou o meu diagnóstico de doença celíaca.

A enteropatia associada ao glúten durante muito tempo detonou com os anticorpos do meu corpo, ou seja, me deixou sem defesa contra agentes agressores e consequentemente sem os marcadores que, num exame, poderiam indicar positivamente a presença de doença celíaca.

Contudo, após fazer imunoterapia e recuperar parte desses marcadores (anticorpos), baixado no hospital, em quadro grave de saúde, realizei novamente o exame padrão de ouro para a detecção da doença e, enfim, apareceu que as vilosidades do meu intestino delgado estavam detonadas configurando marcando certeza na presença do grande violão em minha vida: o glúten.

Embora não se tenha como dizer quem nasceu primeiro, se o ovo ou se a galinha, pode que muitas das patologias autoimunes que eu apresento tenham se desenvolvido devido há anos de ingestão indevida do glúten.

Efetivamente, tive/tenho anemia hemolítica, linfoma não hodking, leucemia, doença de chron, desnutrição, ansiedade... Sim! Existe a possibilidade de o glúten ter causado tudo isso.

Só para se ter uma ideia do dano, o meu intestino delgado "poderá" se recuperar em no mínimo seis meses enquanto que meu sistema nervoso/emocional levará em torno de dois anos. O intestino realmente é nosso segundo cérebro tão importante quanto...

Enfim, estou em casa, precisei sair da internação hospitalar pela baixíssima imunidade e por estar com bandeira vermelha para risco de infecção por covid.

Então, por cautela, os médicos decidiram manter o tratamento em casa.

Como disse, ainda estou muito debilitado, contando as costelas, não consigo ainda permanecer muito tempo em pé, sinto falta de ar, devido a anemia profunda, extrema fraqueza, e ainda segue diarreia, embora já em menos vezes, o que é esperado. Para se ter uma ideia, às vezes falar e pensar me causa fadiga intensa, estou escrevendo isso apenas porque me alimentei bastante e estou deitado, se não não teria forças...

Mas é assim mesmo, cheguei ao extremo, e agora está sendo dura a recuperação, porém estou sendo muito bem orientado pelos novos médicos, maravilhosos (gastro, imuno, hemato...), todos incríveis !!!

Sei que vou custar a me recuperar, mas estou consciente, levando um dia de cada vez, precisei abandonar temporariamente alguns outros planos para focar estritamente na recuperação da saúde.

Minha vida não será a mesma, em vários sentidos, a única solução para a doença celíaca é a dieta totalmente isenta de glúten, inclusive por contaminação cruzada, o que torna difícil o convívio social de certa forma (seres humanos se reúnem muito pela comida, pense em sair no final de semana, em pizza, lanche, petiscos, nada disso mais! É o celíaco naturalmente torna-se rigoroso na dieta, mas por que isso lhe é vital).

Por outro lado, visualizei alguns vídeos de pessoas celíacas que dizem que após a extrema dificuldade do período inicial (negação, isolamento...), adquirem muitas capacidades, inclusive mentais, como força de vontade e de superação inigualáveis. Pense e retirar algo que você adora da sua vida. E pense que você não tem escolha, que você precisa se livrar daquela hábito... Precisa ser um Hércules, uma Atena, para vencer hábitos de 20, 30 anos...

Entretanto, passado o período inicial e de adaptação, eles dizem que vivem bem e se sentem incríveis com as novas capacidades...

Por ora, por fim, o que me resta é aguardar o tempo passar, fazer o seu papel restaurativo e reabilitador enquanto eu faço o meu, no cuidado da própria saúde e qualidade de vida.

O resto vai precisar ficar para depois... Não tem jeito...

Fica o registro.

Rodrigo.

Abaixo algumas fotos:






Mestre Adyashanti - A consciência - O espaço

Sobre a consciência , compartilho este vídeo do mestre espiritual Adyashanti: Nisso está a chave do despertar. Não em "pensar&qu...