terça-feira, 7 de julho de 2020

Reflexão sobre a doença


Fico meditando sobre as conjunturas da doença à luz dos ensinamentos espirituais nos quais tenho mergulhado os anzóis da reflexão.

Antes, contudo, revelo que se me atrevo a acenar a tais postulados não é por outro motivo senão que a vida, por excesso de misericórdia, me concedeu a dádiva de, ainda na matéria carnal, provar pessoalmente das experiências extrafísicas, uma que outra vez, em que pese o curto lapso de tempo, o qual, exíguo, não se fez menos persuasivo quanto à sua excelsa realidade.

Descortina-se, pois, para muito além do aparelho carnal humano, variadas camadas ou campos de energia, variando do magnetismo à eletricidade e até mesmo a fontes de força outras até então desconhecidas dos laboratórios terrestres, mas que nos vestem a indumentária quais camadas sobrepostas do nosso ser.

A mente, origem dos intrincados painéis dos pensamentos, propulsora dos desejos e materializadora das ações, emoções e sentimentos, pode ficar enferma...

Pensamentos tóxicos, entre os quais a inveja, a ganância, a sexualidade desvairada, a agressividade sem moderação, entre outros diversos, a exprimirem-se em varia gama de diversidades, vão conferindo camadas espessas e grudentas nos mantos do espírito, impingindo-lhe de feridas e chagas que serão, mais tarde, escoimadas consoante passem de camada mais sutil à mais densa até penetrar nos escaninhos da matéria, a qual, como já nos revelou santificado benfeitor, nos serve também de verdadeiro mataborrão.

Assim que se pode afirmar com segurança a doença surge medrando dos painéis mentais, energéticos mais sutis até aparecer como sintomas físicos, ulcerações, feridas, intolerâncias, desordens somáticas de todos os tipos.

Daí os clarividentes anteverem uma enfermidade antes mesmo que o mínimo sinal de desordem desarranje o aparelho palpável do ser.

Ao mesmo tempo, pois, em que o espírito imortal expia o erro pela dor da carne, vai limpando a veste energética de tais impurezas, como um coador que separa o bagaço dispensável do suco da fruta.

Muitas doenças quando não são as chaves de regresso às portas da morte renovadora, servem à criatura humana como esponjas purificadoras dos charcos da alma.

Nisso consiste o bem sofrer. Não em apologia extremada à dor, tampouco em sadomasoquismo doentio, senão em remédio amargo e redentor do espírito, cujo inexorável fanal é partilhar das dúlcidas alegrias e júbilos das moradas celestes.

Saibamos, portanto, aproveitar o estilete da dor como ferramenta bendita a aplainar as imperfeições de nossos atos pretéritos no rumo certo da regeneração consoladora.

E, nos momentos mais pungentes, não nos esqueçamos do Divino Modelo, Cristo Jesus, que jamais desampara suas ovelhas desgarradas por mais perdidas que estejam do rebanho...

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Intuído por mim, hoje, às 6h11mim.
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Rodrigo.

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