sábado, 30 de maio de 2020

Sou Fênix


Sim! Acabei de morrer novamente... 

Fiquei em destroços, o inimigo acabou com o que restava de mim... 

Coitado...! 

Que execução inútil...! 

Mal sabia ele que - por natureza - eu renasço das próprias cinzas...! 

Após minha desolação, depois que meus exércitos foram dizimados, ainda restou o ovo encoberto de cinzas e fogo... 

Ah! Natureza do meu ser...

Pois não é que justamente onde o inimigo via sua vitória - no ovo destruído encoberto de cinzas e chamas - é que se formava o meu eterno berço do renascer...! 

Sou fênix...! 

E... se minha luz e meu calor se arrefecem não é senão para logo após ressurgir dos escombros...! 

Eu - a ave mitológica - por natureza ressurjo da própria destruição...

Tu, pois, que me vês cair com as asas despedaçadas e a cauda frágil da guerra, com as garras finas e frágeis, saiba, portanto, que - ali - é justamente o ponto máximo onde renasço rumo às Alturas... 

Impossível matar-me... 

Eu sou o próprio renascimento ... 

Deus me fez assim... 



PS: que todos aqueles que, porventura, passem por momentos difíceis se lembrem disso. Lembrem-se de que todos nós trazemos fênix em nosso coração. É da humanidade, é de todo o ser humano, é de todos sem distinção, a capacidade de se reconstituir. É natural o desgosto da caída - sempre rápida - assim como é custoso o esforço da subida - sempre lento e gradual - mas a fênix em nós nos impulsionará sempre rumo ao renascimento. Todos nós somos fênix, ou fomos fênix, ou seremos fênix, em algum momento da vida. Assim como os dias, como as estações do ano, como a relva, nossa essência é de eterna renovação. Saibamos, no entanto, que nem sempre conseguiremos sozinhos, e não há nada de mal nisso. A própria fênix - ela mesma - se renasce é com a ajuda do ovo e das cinzas... Reflitamos nisso. Deus nos fez assim. 

II - Relato Projetivo (?)



RELATO (Não sei se "sonho lúcido" ou "projeção").

1. Faz alguns meses que me encontro acamado devido a desordens no trato gastrointestinal, devido a uma doença que trago de nascença (até se alguém puder me ajudar em oração, agradeço).

2. Com isso, tenho ficado fraco e não tenho conseguido seguir com os estudos e práticas projetivas.

3. Nessa noite, no entanto, estava exausto em razão dos efeitos colaterais da diarreia e cai no sono, coisa que não vinha conseguindo fazer há semanas, visto que, no mais das vezes, minhas noites têm transcorrido entre coxilos e vigílias.

4. Dei-me por conta de estar desperto (entenda-se consciente) no plano astral utilizando minha contraparte psicossomática. Efetivamente lúcido, notei minha blusa branca, meu pijama, além disso eu estava de óculos.

5. Sei que trazia na mente a intenção de encontrar uma solução para esta "fase pesada" da minha vida, porquanto o cansaço e o desânimo já estão toldando a minha força de vontade durante os dias.

6. Então me recordo de ter me dirigido a cidade de São Gabriel, minha cidade natal, onde conversei com dois vizinhos para pedir ajuda sobre o meu caso. Havia também uma garota de meia idade, usando máscara preta, a qual eu não identifiquei, mas que prontamente me recebeu com um sorriso, o que deu para notar pelo esticar dos olhos, e disse: "Olá, Rodrigo...".

7. Logo depois da saudação inicial, meio nervoso, expliquei pelo que eu passava, e pedi ajuda.

8. Nesse momento, convém abrir um parêntese para dizer que eu sabia que estava sendo atacado de alguma forma. Lembrei-me de relatar a eles que segurara pelos braços uma criança feia, magra, com a pele cinza, a qual queria me agredir, e que quando prendi-a pelos punhos, ela se transformou numa espécie de inseto ou larva astral que ficou, então, presa por entre meus dedos polegar e indicador, momento em que soltei aquele "bicho" com medo e espanto.

9. Ao relatar isso, a garota de meia idade fez um gesto de cabeça como quem entendeu o que eu tinha vivido e todos os três amigos me convidaram para ir a uma casa de Umbanda que fica próxima a antiga casa onde eu residia em São Gabriel.

10. Lembro-me pouco desse momento, apenas que entramos na sala da anfitriã, e nos posicionamos sentados em estilo oriental, em posição de lótus, como se diz, e nisso uma entidade estranha, parecendo bêbado, pela forma como balançava a cabeça, levantou-se do lado da anfitriã, olhou-me e saiu pela porta rumo à rua. Naquele instante, ao olhar o rosto daquele espírito, senti medo.

11. Lembro-me, ainda, que, em algum momento o qual não sei precisar nessa história, eu voltei de São Gabriel para a atual cidade de Lavras do Sul e tentei buscar a minha mãe que estava dormindo no quarto ao lado. Minha intenção era levar ela para saber da situação ao mesmo tempo em que a ajudaria a ter uma projeção astral.

12. Nessa cena, eu, sem técnica nenhuma, recordo-me de ter me abraçado ao corpo astral de minha mãe e de ter tentado voar com ela em direção ao teto da casa, numa tentativa toda estabanada de tentar despertá-la no astral. Em um momento, até enxerguei além do forro de nossa casa. Agora fico rindo desse momento de total despreparo... Mas, enfim...

13. O relato estranho era esse. Não sei o que se sucedeu. Mas com uma conclusão eu voltei ao corpo: a de que estou sendo atacado por forças perversas. E, ainda, algo me diz que consegui pedir ajuda com sucesso, e talvez algum amigo, amiga, ou alguma equipe, possa me ajudar. Sei que é um relato estranho, mas, sem dúvida, muito interessante em minha vida.

Lavras do Sul, 30 de maio de 2020,
Rodrigo F. dos Santos.

sábado, 23 de maio de 2020

Deus Maravilhoso




Deus Misericordioso
Deus das coisas grandes e das pequenas
Deus da Misteriosa Vida 

Deus dos nossos Sagrados Corações 
Deus das nossas vidas 
Deus das nossas canções 

Deus de cada detalhe
Simplesmente e maravilhosamente...
DEUS ! 


...








Comentário:

Deus é misericordioso, pois nunca fechas as portas para a reabilitação, por mais que uma alma transgrida as leis da natureza, sempre haverá um caminho de retorno, apesar dos espinheiros da reparação.
Deus é Deus das coisas grandes, das galáxias, das nebulosas, dos universos, assim como das coisas pequenas, dos átomos, das partículas subatômicas, e de todo o mundo minúsculo igualmente lindo...
Deus é o criador da misteriosa vida, pois, com efeito, ninguém pode decifrar o grande mistério da existência, quando se estuda algo, inevitavelmente, já se inicia pelo efeito e não pela causa, porquanto esta é insondável, incriada, portanto, misteriosa.
Deus está em toda a criação, está em nosso coração, como no coração de toda a vida circundante, tudo respira e fala de Deus. Nosso coração, o centro do nosso sentimento, o centro energético sagrado, é o lugar onde nasce a fagulha Divina, que mais tarde tomará conta de todo o Império do ser humano, a exemplo do Cristo. 
Deus é o Deus de nossas vidas, Ele que vive a Sua vida em nós. 
Deus é o Deus das canções, pois Ele é que inspira a alma na sua poesia. 
Deus é o Deus de cada detalhe, de toda a ordem imanente na natureza. 
Deus é simples como uma folha da grama e, ao mesmo tempo, maravilhoso como as inextrincáveis galáxias... 
Deus é vida, é mistério, é simples, é maravilhoso. 
Eis um breve comentário sobre o poema acima. 

Rodrigo F. dos Santos.'.

terça-feira, 19 de maio de 2020

Uma história de meu castelo




Dentro de um castelo vivo, eu - o humano - sou aquele que direciona o holofote da torre. As paredes e tudo o mais nesse castelo possuem vida própria e se governam. O humano de mim está em cima da torre segurando a grande lanterna, apenas isso. Enquanto isso, às vezes no claro, às vezes no escuro, as próprias paredes se constroem e as muralhas se refazem. Eu apenas seguro a lanterna da torre. Eu apenas escolho onde focar a sua luz. Mas a obra vai se fazendo por si mesma. Parece que a história se desenvolve mais ou menos assim. Eu - o humano - não preciso me esforçar, embora, em vão, possa esforçar-me, uma vez que a obra é senhora de si. De  alguma forma, eu, com a lanterna, sou apenas um observador do desenrolar dos fatos e das coisas. E assim a coisa toda se desenvolve... E eu fico ali segurando a lanterna do farol...

Alguns entenderão essa história... É também a história dos pelos, das unhas, do sangue, dos pulmões, assim com do sol, da lua, do transcorrer dos dias...



Confie sempre - Chico Xavier


Confie sempre. Não percas a tua fé entre as sombras do mundo. Ainda que os teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima de ti mesmo. Crê e trabalha. Esforça-te no bem e espera com paciência. Tudo passa e tudo se renova na terra, mas o que vem do céu permanecerá. De todos os infelizes, os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmo, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo. Eleva, pois, o teu olhar e caminha. Luta e serve. Aprende e adianta-te. Brilha a alvorada além da noite. Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte. Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia.

Chico Xavier

Prece de Cáritas



Deus, nosso Pai, que sois todo Poder e Bondade, dai a força àquele que passa pela provação, dai a luz àquele que procura a verdade; ponde no coração do homem a compaixão e a caridade! 

Deus, Dai ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso. 

Pai, Dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, e ao órfão o pai!

Senhor, que a Vossa Bondade se estenda sobre tudo o que criastes. Piedade, Senhor, para aquele que vos não conhece, esperança para aquele que sofre. Que a Vossa Bondade permita aos espíritos consoladores derramarem por toda a parte, a paz, a esperança, a fé.

Deus! Um raio, uma faísca do Vosso Amor pode abrasar a Terra; deixai-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão, todas as dores se acalmarão. 

E um só coração, um só pensamento subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e de amor.

Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos, oh Poder!, oh Bondade!, oh Beleza!, oh Perfeição!, e queremos de alguma sorte merecer a Vossa Divina Misericórdia.

Deus, dai-nos a força para ajudar o progresso, afim de subirmos até Vós; dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a razão; dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas o espelho onde se refletirá a Vossa Divina e Santa Imagem.

Que assim seja.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Imunoglobulina - primeira aplicação - sobre reações


No dia 14 de maio de 2020, ontem, ao chegar no centro de infusão do HCAA fui bem atendido pela equipe. Não esperei muito e logo fui encaminhado para o local onde têm várias poltronas onde ficam as pessoas que fazem suas aplicações.

A seguir, a fotografia do local onde fica a equipe:



Geralmente, quando vou fazer exame de sangue os coletadores são muito despreparados e me furam muito os braços, demoram muito para encontrar uma veia disponível, resultando que eu fico com uns quatro ou cinco furos nos braços até que eles consigam fazer a coleta.

 Sorte minha que pessoal da onco são bons demais, de primeira eles conseguem achar as veias disponíveis e o paciente não fica sofrendo muito. No caso, apesar de minhas veias estarem bem escondidas, devido aos anos de medicação, o rapaz que me atendeu, o enfermeiro, foi super fera, de primeira ele encontrou uma veia na minha mão esquerda e eu nem senti muita dor no ato de colocação do mandril.

Durante a aplicação, me recordo de ter sentido um pouco sensação de frio nos braços e nas mãos, mas não posso dizer que isso tenha sido uma reação, até porque o local estava um pouco gelado mesmo, e é normal sentir essa sensação quando algum líquido está adentrando o corpo pela via endovenosa.

Enquanto a medicação ia sendo ministrada por meio de uma máquina, bomba de infusão, que apitava quando o líquido acabava, eu resolvi escutar uns salmos do tipo canto gregoriano dos monges beneditinos. Eu gosto muito da "vibe" desses cantos, de alguma forma eles me relaxam, me transportam em pensamento para um ambiente sagrado, cheio de paz. Por isso resolvi ouvir esses salmos gregorianos durante a aplicação. Ajudou inclusive na passagem do tempo.

Depois durante a viagem de retorno para a cidade de Lavras do Sul (considerando que eu apliquei a imunoglobulina na cidade de Santa Maria) não me senti mal. Isso foi uma boa coisa, visto que geralmente quando eu viajava anteriormente eu me sentia muito mal, inchaço no abdome, e uma série de náuseas, mas dessa vez, depois de ter aplicado o remédio, nada senti. Já pode ser considerado um progresso.

Agora me resta aguardar aproximadamente uns 28-30 dias para aplicar a segunda dose. Parece que vou ter que aplicar essa imunoglobulina a vida toda, porque o meu corpo não produz os anticorpos necessários, e isso é o que caracteriza a denominada imunodeficiência primária, mais propriamente falando a imunodeficiência comum variável, que é um gênero da espécie imunodeficiência primária, pelo que me foi explicado.

Enviei dois emails para a médica, um deles em momento anterior à aplicação, dizendo que tinha conseguido o remédio pelo convênio (IPE-SAÚDE), e outro na data de hoje, no segundo dia, após a infusão, para dizer como eu estava me sentindo. Enviei os emails porque a médica disse no consultório que os pacientes aplicam a medicação e não dizem nada para ela, então resolvi fazer diferente, resolvi mandar notícias, ainda que brevemente, pois de modo algum pretendo tomar o tempo dela.

Atualmente estou de licença saúde devido ao baixo nível da minha imunidade. Espero poder voltar a exercer as minhas funções normalmente em breve. Mas reconheço que é necessário esse período, porque eu realmente ando muito fatigado, canso muito depressa, não consigo ainda manter um ritmo constante em frente ao computador. Isso é sinal que ainda estou com o corpo fraco. Particularmente não gosto de ficar afastado do trabalho, até algumas vezes desconsiderei atestados médicos, e fui trabalhar porque prefiro ir trabalhar, mas desta vez a força das coisas foi mais forte, e vi que não podia fazer muita coisa a não ser repousar, tomar a medicação certa e aguardar pela natureza e seus efeitos benéficos.

Hoje senti um pouco de ansiedade. Incrível que embora eu leia coisas sobre ficar mais calmo, tentar manter a mente serena, às vezes a mente ainda teima em se tornar um cavalo selvagem. Daí, então, eu procuro silenciar a mente e meditar, procuro gentilmente reconhecer os sentimentos e emoções e dizer "tudo bem, reconheço isso, mas não sou isso", e assim vou me acalmando. Acredito que isso seja da própria natureza humana. Afinal de contas não somos robôs. Se fôssemos máquinas talvez pudesse ser diferente, mas ainda bem que não somos e muito do brilho da vida está nisso, nas emoções, desde que saudáveis e bem direcionadas.

Em resumo, fiz a aplicação, me senti bem, e agora só falta aguardar pelos resultados.

Fica o registro. Era isso. Vou parar por aqui, porque já me alonguei demais.

Rodrigo.

....

EMENDA (16.05.2020).

Resolvi colocar essa emenda aqui no post para registrar que hoje, no dia 16 de maio, terceiro dia, senti algumas reações adversas devido à imunoglobulina, quais sejam, calafrios, fraqueza, dor muscular e dor no estômago. Passei o dia todo praticamente deitado, indisposto. Somente de noite comecei a melhorar novamente, mas durante todo o dia não me senti bem. Segundo o que eu havia lido, era de se esperar que pudesse acontecer esses efeitos. Então, só resta esperar que o corpo se acostume.

Fica o registro.



Sorrisos falsos


Há quem force sorrisos todos os dias, toda a hora, a todo o instante, como se tivessem a obrigação de demonstrar alegria, embora forçada, sem lastro de legitimidade. 

É uma violação e um desrespeito a si mesmo. Melhor seria se então trabalhasse em si para que surja a verdadeira e espontânea alegria. Aconselhável estudar a si mesmo e procurar onde se pode melhorar para cultivar o real sentimento, ao invés de viver de lábios esticados sem a menor ressonância com o coração.

Há quem deva estar até com câimbras terríveis nos músculos faciais de tanto forçar a barra sem vontade. Diuturnamente, esticando as bochechas e mostrando os dentes, mas sem o verniz e o brilho verdadeiro dos olhos, a refletir a realidade da alma. Soa um tanto estranho.

Não se está tecendo apologia ao acabrunhamento, nem tampouco ao cenho crispado, não se trata disso. Mas, sim, ao reverso, de contemplar o verdadeiro ao invés do falso. Não se tem a obrigação de estar sempre de boca esticada aos quatro ventos. Curioso...

A própria natureza tem momentos oscilantes. E está tudo bem. Não estaria, ou seja, seria antinatural se uma só coisa acontecesse, pois vai de encontro ao ritmo das coisas.

É apenas uma opinião. Posso estar equivocado, naturalmente. Não tenho, e já deixei para trás há muito tempo a necessidade de estar certo. Apenas exponho um meu ponto de vista, o qual, se me convencer do contrário posso facilmente mudar sem o menor esforço.

Mas é curioso isso...

Tanto parece desequilíbrio estar sempre gargalhando quanto estar sempre entristecido. Há de se sondar um coração desses, certamente devará haver coisa indo não muito bem.

A própria alegria da alma, legítima, verdadeira, no mais das vezes é silenciosa, tranquila, como a luminosidade que transparece calma de um lampião que vai queimando sem pressa o seu combustível. Ilumina, sim; mas não vive a causar incendios, ou arroubos desassisados...

Mais uma vez o equilíbrio parece ser o ponto chave.

Não sei.

Nem sei se deveria publicar isso, vou deixar reservado no blogue, e leia-o quem quiser.

Como dito, é uma opinião.

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Imunoglobulina Aplicação Primeira SM-RS


Primeira aplicação de imunoglobulina.

Este dia, este momento, marca o início de um ciclo que perdurará, em tese, até o final dos meus dias na Terra.

Estou me sentindo leve, sinto- me nas mãos de Deus e Jesus, procuro entregar a minha vida, a minha vontade, e todos os meus anseios à "vontade soberana de Cristo"...

Quando abrimos mão da falsa ilusão de controle, pois não temos, de fato, controle sobre quase nada, uma espécie de sentimento de paz nos invade o coração.

Somos guiados por uma força poderosa, de irresistível atração, semelhantemente à atração que a gravidade exerce sobre os corpos.

Tudo o mais perde muito o valor, perde a importância, compromissos banais, urgências da vida, pressas, etc, etc, etc...

Pensamos, então, em como desenvolver mais e mais o Cristo em nós, para que possamos servir com mais utilidade no palco da vida.

E não pensem que isso (servir, querer servir) seja um martírio. Oh! Não. Pelo contrário, passamos a descobrir imensa felicidade e alegria em poder trabalhar "na vinha do Pai".

Eu, esta individualidade temporária, aqui chamada Rodrigo, tenho muito a aprender, muitos defeitos e falhas a corrigir, mas me alegra já estar tendo, ainda que palidamente, o vislumbre do nascimento do Cristo em meu coração, no centro do meu ser.

Há muitas formas de interpretar isso, eu não sei definir em palavras, porém Sua influência é tão notória como o incontestável calor irradiado do Sol.

Com isso, posso concordar com o grande poeta Sheakespeare, quando mencionou que há muito mais coisa entre o céu e a Terra do que pode sonhar a nossa vã Filosofia.

Por ora, dessarte, só me resta desejar sinceramente que todos sejam felizes, encontrem o real e verdadeiro propósito de suas existências, que, com toda a certeza, um dia todos irão descobrir, está em coisas muito além e mais valiosas do que todos os possíveis mimos dessa impermanente materialidade.

Votos de paz.

Rodrigo.


quarta-feira, 13 de maio de 2020

Saudade da Alma


Quero mais do que me curar de eventual patologia do corpo; desejo, isto sim, aquilatar o meu coração na forja do Grande Espírito, para poder refletir-Lhe a luminosidade. 

Qual outro grande motivo teria o de livrar-se de uma doença? Poder voltar a comer pastéis fritos? Oh! Claro que não. Poder tornar a desfrutar de festas e algazarras? Em absoluto. Essas coisas já não apetecem minha alma nem saciam a fome e a sede do meu espírito.

Muitas vezes me pergunto sobre tais coisas. A resposta me vem cristalina à mente. E não poderia ser diversa a mensagem diante do trilhar da minha alma. O que quero, pois, é tornar-me límpido e digno de refletir o Cristo, consoante Sua maneira e Seu plano para mim.

Muitos homens e mulheres já assim fizeram. Não vejo outro fanal mais nobre em vida, nesta vida, e quem sabe por todas as vidas que sucederão, do que poder "comer a carne e beber o sangue de Cristo", para me valer de uma metáfora pouco compreendida.

Creio que o mundo e as coisas do mundo não desaparecerão de minha vista, e acredito que, aos olhos profanos, serei tão comum como comum sou agora, mas no interior da alma haverá outro ser, outra bússola que não o ego falível a guiar-me em meio a selva da vida. Por fora a mesma carapaça, por dentro, porém, a luz de farol.

Quando a consciência se alarga, ainda que minimamente, não suporta, tampouco aceita menos do que aquilo que de grande sentiu e viveu. Como, pois, exigir de minha alma carregar alguma pedra de tropeço, se no palmilhar da estrada da vida muito já andei com os pés ensaguentados? Não! 

Chama-me atenção os mistérios espirituais, que, com o passar do tempo, e com o fruto do trabalho e do merecimento, deixarão de estar encobertos pelo véu da ignorância. Cristo já nos disse: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" e disse ainda "nada há de encoberto que não seja revelado" e incitou seus discípulos na propagação da Boa Nova ao ordenar-lhes dizendo "o que Eu vos digo às escuras, dizei-lhes sobre os telhados"... 

Não posso esconder o tesouro do meu coração, ainda que diante de tamanho pão e circo, embora diante da brutalidade de tantos Coliseus.

Nada há mais verdadeiro do que esta saudade incompreendida, a de unir-se ao Criador em nós. Nossos anseios, desejos, nossas buscas, nossas empreendimentos, por mais custosos e altos se nos pareçam, perdem todo o atrativo e todo o brilho diante do Farol Luminoso do Cristo. 

E isso nada tem de religião no sentido em que hoje tão tristemente é deturpado. O homem teceu as linhas tortas de muitos escritos ditos religiosos, que mais serviram e servem para toldar o entendimento humano do que para esclarecer a humanidade sobre sua destinação sagrada.

Mas nada está de todo perdido. Ainda que derrubados os galhos, a semente da árvore frondosa medra pelo assoalho dos campos da alma e há de florescer mais cedo ou mais tarde em muitos corações adubados pela luz do Espírito.

Nada refoge ao seu Calor.

Nada!

Que o Altíssimo possa, portanto, nos conceder a Sua Graça e o laurel do entendimento legítimo para que, como referido nas escrituras, "possamos perambular pela vida como reis e rainhas".

Votos de profunda paz!

Rodrigo.

(Escrito no trecho Lavras do Sul - Santa Maria. Antes da primeira aplicação de imunoglobulina).

terça-feira, 12 de maio de 2020

Como o Livro da Ciência Cristã chegou em minhas mãos. Acaso? Coincidência? Prefiro pensar que não!



Há coisas na vida que não se explica tão facilmente. Uma dessas coisas, chamadas por alguns de coincidência, por outros de obras do acaso, aconteceu comigo na data de hoje, ao receber a visita de um casal de amigos.

Ontem de noite ao ler meu atual livro de cabeceira (Praticando a Presença de autoria de Joel S. Goldsmith), li que Joel teve um contato místico com um praticante da Ciência Cristã.

Depois li no site (eunocaminhoinfinito) sobre o contato de Joel com a Ciência Cristã e de como ela teria auxiliado ele inclusive na cura de uma sua doença, se não me falha a memória.

Até então nunca tinha ouvido falar sobre a tal de Ciência Cristã, tampouco pensava em ler mais sobre o assunto.

Mas, apesar disso, entre as minhas orações, sempre costumo pedir a Deus que me amplie a consciência. Sempre acreditei que a consciência é chave para o conhecimento da verdade sobre o fenômeno da vida. Afinal, a vida é um grande mistério. E, apesar de ser comum, pois nós obviamente a experienciamos, não deixa de ser menos mágica e misteriosa.

Mas aonde quero chegar? Acontece que hoje de tarde o casal de amigos que veio me visitar me trouxe de presente um exemplar do livro "Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras" da autora Mary Baker Eddy, nada mais nada menos do que a obra literária fundante da Ciência Cristã.

Incrível!

Eu li sobre o assunto num dia, e recebi a obra fundante do tema como presente, no outro.

Coincidência? Acaso? Prefiro pensar que não.


Imunodeficiência comum variável - 1

Recebi recentemente (dia 07/05/2020) o diagnóstico de imunodeficiência comum variável. Uma doença do sistema imunológico que não produz anticorpos suficientes deixando a pessoa sujeita a uma série de infecções por vírus, fungos, bactérias. 

Vou começar a escrever uma série de postagens sobre o meu progresso no tratamento.

Os estudos apontam que essa patologia é congênita, isto é, a pessoa já nasce com essa falha no sistema imune, porém a doença pode se manifestar depois de um longo período, como na adolescência ou na idade adulta, sendo este exatamente o meu caso.

Descobri esse diagnóstico por meio de uma consulta com uma médica imunologista na cidade de Santa Maria/RS. 

Fico pensando, desde então, se os episódios anteriores de anemia hemolítica autoimune a frio, doença de chron, linfoma não hodgkin, otites, sinusites, abcessos, etc, não foram todos decorrência dessa patologia de base.

É possível.

Levando em consideração essa hipótese, significa que durante muitos anos eu apenas tratei dos efeitos dessa patologia de base que é a imunodeficiência primária. Mas é apenas uma hipótese bastante razoável.

Atualmente estou aguardando agendamento para realizar a minha primeira infusão de imunoglobulina, que será realizada em ambiente hospitalar, de forma ambulatorial. Segundo a médica, a primeira aplicação pode durar de seis a oito horas, uma vez que será evitada eventual reação.

A título de curiosidade, a imunoglobulina, o que me foi explicado, é uma medicação oriunda do plasma sanguíneo humano.

Espero que ocorra tudo bem, pois eu pretendo me recuperar o mais breve possível, visto que estou perdendo muito peso com evacuações constantes, e meu sistema imune está muito debilitado, causando uma série de outros sintomas não agradáveis.

Encerro aqui, portanto, meu primeiro "post" sobre o tema. Na medida em que as coisas forem acontecendo, irei acrescentando mais postagens.


sexta-feira, 8 de maio de 2020

Nota sobre paciência e pandemia

F&C - Finanças & Comportamento: Viés do Imediatismo e a ...

A gente tem que parar com essa mania de querer tudo para ontem. 

Largar um pouco de ser imediatista. 

A pandemia já veio para nos mostrar que não há compromissos inadiáveis, nem tampouco urgência intransponíveis.

Acho que isso é um baita chamado para exercitarmos a paciência.

Momentos de turbulência nos sacodem muito, mas eles também servem para nos acordar.

Não deixa de ser uma forma de ampliação de consciência também. 

Compete a cada um analisar sinceramente em si o que pode melhorar. 

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Do meu Amor por Deus - Quando Ele desperta a poesia da minha alma


Quando Ele desperta a poesia da minha alma

Estou nas mãos de Deus, nas mãos do Misericordioso Pai.
Como um filhote de macaco agarrado à sua mãe, pulando de galho em galho, bem agarrado, assim vou eu.
Não largo, confio nEle, me entrego, relaxo, e vou respirando a imortalidade em meio ao próprio barulho dessa selva alucinada.

Eu sou como a planta que nasce no asfalto.
Meus galhos não são largos, mas tenho a resistência de uma árvore frondosa.

De onde provém a minha força?
Pois, a minha força provém justamente do ponto onde ela acaba.

Quando já não posso valer-me por mim, eis que ela surge, avassaladora, soberana, oceânica, não se sabe como, nem donde vem...

Ela começa, pois, onde eu termino.

A vida, assim, me confere a faculdade da experiência de esquecer-me de mim.
Me faz pequeno para, em Espírito, ser grande, e me mostra a fraqueza para conhecer, verdadeiramente, a força.

Não sou do mundo. Estou, isso sim...

Deus, em minha vida, é uma constante, um espetáculo de maravilhosa alegria.

Ele cintila, para mim, nas estrelas, me acaricia nos ventos, molha o meu rosto nas chuvas, brinca comigo em sonhos, e me desperta pela manhã nos primeiros raios do sol.

Isso só para dizer d'algumas dádivas Suas...

Ah! Deus é a vida em minha pequena vida...

Ele até respira em meus pulmões, cresce em cada fio de cabelo meu, se desenrola em cada pedacinho de unha, vai, dessarte, se redescobrindo, vagarosa e paulatinamente, em cada nova tomada de consciência, de autoconsciência...

Meu Amado...

E para que reste bem esclarecido, meu Deus não está nas Escrituras, nem tampouco nas sagradas paredes d'algum Templo - embora, para alguns, naturalmente, nesses possa estar -.

Ele vive, é claro, como uma chama crepitante em meu coração.

É Ele, enfim, que me levanta dos "mortos", que me retira a "cegueira do mundo", e que me faz enxergar, nitidamente, na escuridão da dor...

Lavras do Sul, 07-05-2020.

terça-feira, 5 de maio de 2020

A PAZ


A paz verdadeira não se estriba no próprio entendimento, não é uma conquista baseada na força, no próprio intelecto, nem mesmo na própria virtude. A paz verdadeira é aquela que sobrepuja o bem e o mal, que está além das circunstâncias, além do alegrar-se e do entristecer-se. A paz verdadeira, aliás, nada tem a ver com os transitórios humores e afetos. Não está ancorada em base transitória, tampouco em fenômenos de  ilusão. É como o espaço infinito que abarca a totalidade dos fenômenos passageiros e ilusórios do dia e da noite, do frio e do calor, da secura e da umidade, etc. Não se está a afirmar que tais paisagens não existem... É fato que os dias sucedem às noites, o frio ao calor, etc, contudo não são a realidade última, a base de sustentação de todo o espetáculo cósmico. São, antes de mais nada, manifestações da luz criativa que faz mover os átomos, arranja e rearranja as moléculas, formando toda uma gama infinda de projeções, aspectos, sensações, cores, cheiros, texturas, sabores... Tudo, porém, perecível, transitório, passageiro... Uma paz que se estriba nisso tenderá naturalmente  a perder-se, restará por terminar, atingirá inevitavelmente o seu declínio, como ao se descer do penhasco em uma montanha russa. Estará sujeita aos ventos do chamado destino, que nada mais são do que os intermináveis convites do Espírito para o despertar da consciência. A paz, portanto, só pode ser genuinamente alcançada pelo "reconhecimento" da Eterna Presença de Deus Criador, pela contemplação do Uno nas múltiplas formas do Verso do Universo... Dentro do Verso há intermináveis caminhos, muitas formas, diversos meandros, várias esquinas, muitas setas, caminhos longos e curtos, alguns simples, outros complexos. Entretanto, o destino é um só, seja qual forma a forma que se escolha para reconhecê-lO. Nesse reconhecimento, pois, é que está a paz verdadeira. Não depende, nem nunca dependeu de vitórias, nem de derrotas, de alegrias, ou de sofrimentos. Ela sempre esteve ali, perene, sempre constante, "inerente" à essencial Natureza da Criação de Todos os Fenômenos, e, por consequência, sempre esteve inexoravelmente dentro de nós. Não se conquista a paz, não se trabalha para construí-la, não pode ser tomada à mão, apenas pode ser sentida, pois ela é integrante do que sempre foi e nunca deixará de ser: o Incriado Pai de todos nós, dos quais somos partes, como fragmentos de um único espelho trincado... Daí a dizer-se que Deus abre uma janela de consciência e olha para Si Mesmo através de cada ser.

Leva-se tempo compreender isso, mas nada mais é do que conhecer Aquilo que somos em essência. Não há nem nunca houve eu e você. Apenas há a Vida que se expressa por mim e por você. No entanto, enquanto estivermos mirando o sol, enxergando unicamente o suceder das noites, ou vendo uma planta nascer "lá fora" ainda estaremos presos nesse espetáculo ilusório, porém existente. Isso não é mal. É apenas uma aceitável escolha. É um estágio necessário da caminhada da consciência... Está tudo bem... Não há problema em brincar de ser mortal, pois, afinal de contas, é apenas um sonho... Assim como uma criança perde a atração pelos brinquedos e começa a se envolver em tarefas mais sérias, um dia iremos despertar para essa realidade do Ser. Logo, logo,  para se valer de uma metáfora, "nossos pés tocarão o chão e nos ergueremos de nossa cama para abrir a janela e contemplar o Dia". Entendam aqueles a quem foi dado entender, não com a mente, ou com o intelecto, mas com a inteligência do coração, da Alma, do Espírito...



 Votos de paz.

Lavras do Sul, 5 de maio de 2020.


Às 4h57 AM.

sexta-feira, 1 de maio de 2020

Deixai vir a mim as criancinhas (Mt 18:3)


Uma interpretação possível da passagem de Mateus 18:3, em que consta: "Na verdade vos digo, se não vos voltardes e vos tornardes como  as criancinhas, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus". 

Antes de mais nada, entendo a expressão "Reino dos Céus" como um estado mental bem-aventurado, isto é, de profunda paz. Uma espécie de autorrealização espiritual. Não penso que seja um lugar geograficamente determinado, mas sim um estado de consciência elevado. 

Como age uma criança? Aqui está o cerne do meu entendimento. Geralmente a criança se deixa conduzir por seus pais. Ela é comandada, dirigida, segue o caminho traçado. Penso que seja mais ou menos por aí a intenção da parábola. 

Considerando que Deus, a inteligência suprema, a suprema consciência, está em toda a criação, penso que a parábola nos incita a deixarmo-nos conduzir por Deus. Colocar um pouco de lado a nossa mente, e deixarmo-nos guiar pela mente universal.

Soltar-se. Entregar-se a Deus. Deixar-se por Ele conduzir. 

Somos parte de Deus, tudo é parte de Deus. De alguma forma, a consciência suprema se autolimitou dando origem as demais formas fragmentárias de consciência, mas Ele ainda está no íntimo, como pano de fundo, em toda a criação. Não tenho como provar isso, mas é nisso em que acredito. 

Para mim, no atual estágio de consciência em que me encontro, é nesse sentido que foi posta a parábola. 

O lago da mente


Paro por um instante.
Silencio os pensamentos.
Acalmo as emoções.
Digo a mim mesmo: um instante, por favor, ouça!
Os batimentos cardíacos se tranquilizam.
A respiração fica mais solta, fluida...
Os músculos relaxam.
A postura se descontrai.
Eu respiro.
Quieto, em silêncio, apenas respiro e escuto.
Ouço o silêncio.
Há um som ali.
Há uma vibração no silêncio.
Meus ouvidos podem captar.
Deixo-me embeber por essa presença.
Ela me invade o ser.
Não há conceituação.
Não sei definir.
Vem uma sensação quase tangível de paz.
A metáfora do lago e das ondas mentais cai bem nessas horas.
É justamente isso.
Na quietude do lago, a imagem se apresenta.
No encadeamento dos pensamentos, ela se esvai.
Vira alvoroço.
É preciso soltar.
Relaxar.
Necessário dedicação, porém sem esforço.
O que se faz, assim, é apenas voltar à condição natural do ser.
À paz sempre presente.
Ao que somos.
Como um lago sem ondas...
Um espelho límpido...
O ser real.

Mestre Adyashanti - A consciência - O espaço

Sobre a consciência , compartilho este vídeo do mestre espiritual Adyashanti: Nisso está a chave do despertar. Não em "pensar&qu...