sexta-feira, 1 de maio de 2020

Deixai vir a mim as criancinhas (Mt 18:3)


Uma interpretação possível da passagem de Mateus 18:3, em que consta: "Na verdade vos digo, se não vos voltardes e vos tornardes como  as criancinhas, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus". 

Antes de mais nada, entendo a expressão "Reino dos Céus" como um estado mental bem-aventurado, isto é, de profunda paz. Uma espécie de autorrealização espiritual. Não penso que seja um lugar geograficamente determinado, mas sim um estado de consciência elevado. 

Como age uma criança? Aqui está o cerne do meu entendimento. Geralmente a criança se deixa conduzir por seus pais. Ela é comandada, dirigida, segue o caminho traçado. Penso que seja mais ou menos por aí a intenção da parábola. 

Considerando que Deus, a inteligência suprema, a suprema consciência, está em toda a criação, penso que a parábola nos incita a deixarmo-nos conduzir por Deus. Colocar um pouco de lado a nossa mente, e deixarmo-nos guiar pela mente universal.

Soltar-se. Entregar-se a Deus. Deixar-se por Ele conduzir. 

Somos parte de Deus, tudo é parte de Deus. De alguma forma, a consciência suprema se autolimitou dando origem as demais formas fragmentárias de consciência, mas Ele ainda está no íntimo, como pano de fundo, em toda a criação. Não tenho como provar isso, mas é nisso em que acredito. 

Para mim, no atual estágio de consciência em que me encontro, é nesse sentido que foi posta a parábola. 

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