terça-feira, 2 de junho de 2020

HCAA - 2 de junho de 2020


Hoje comecei fazer umas aplicações de medicações subcutâneas. Não me recordo o nome da medicação.

Quando a enfermeira falou que teria de aplicar injeção na minha barriga e que seria ardida, no início, não me preocupei muito, porque em internações anteriores já havia experimentado sem dores muito pungentes.

Em outras internações, já experimentara injeções de humira e granuloquine na região do abdome, porém não causavam dores muito fortes. 

Essa injeção, contudo, me fez quase pular da cama, uma dor muito intensa, que custava a passar mesmo depois da retirada da agulhada.

Por sinal, a agulha é bem pequena e fina, mas a medicação é demasiadamente ardida, parecendo que entra  cortando a minha pele. Senti muita dor...

Hoje de manhã ainda realizei exame de raio X e também de endoscopia digestiva alta com biópsia para investigar mais uma possível doença celíaca.

O exame de doença celíaca é bem complexo. Não basta o exame de sangue, sendo preciso, além disso, biópsias do intestino delgado. Algumas coletas devem até ser respitadas em vezes seguidas.

A médica imunologista me explicara que os exames anteriores deram negativos em razão de meu sistema imune estar muito debilitado. Meu corpo não está produzindo alguns anticorpos, que servem de marcadores essenciais para os resultados, de modo que sem eles os exames não são conclusivos. Foi o que havia acontecido comigo e me levou a repetir várias vezes.

Alem disso, possuo imunodeficiência comum variável, uma patologia de nascença, por falha do sistema imunológico, que não produz anticorpos essenciais, razão pela que sempre faço parte dos chamados grupos de risco.

Por isso, ainda, preciso fazer imunoterapia, uma vez ao mês, durante toda a vida. Para tanto, comparece no setor de oncologia e infusão do HCAA e fico umas 4-5 horas aplicando medicação endovenosa, chamada Imunoglobulina, que é feita do plasma sanguíneo.

Essa medicação me causa alguns sintomas, reações que levam de 2-3 dias para passarem, entre os quais um cansaço com dores no corpo muito fortes. Nesse período, preciso ficar de repouso.

Depois que, hoje, realizei os exames voltei para o leito e almocei.

Sorte que hoje veio um prato bem mais aprazível do que o da véspera. Não precisei ouvir a canção do expedicionário para me motivar a comer. Acho engraçado, mas quando a coisa fica feia procuro fazer isso, procuro encontra uma âncora motivacional para seguir em frente.

Ainda me senti cansado, parece que estou com o raciocínio lento, devagar, mas não considero isso algo ruim, pois me acalma e consegui escrever com mais vagar. Só não consigo permanecer de pé...

Não sei quanto tempo ainda permanecerei internado. Baixei no Hospital não somente para fazer exames, mas sobretudo porque estou fisicamente muito fraco, não consigo permanecer minutos em pé sem ficar tonto e me sentir fraco, e também para levantar meu sistema imune e curar o intestino.

A médica me disse, ainda, ontem de noite, que em breve precisaria fazer transfusão de sangue.

Como minhas veias não aguentam mais, elas estão estourando, provavelmente terei de fazer uma acesso central com anestesia local. Confesso que sinto medo disso. Mas...

Quanto à mãe, ela ainda segue comigo, sempre ao meu lado, me faz massagens quando meu abdome fica estufado ou com desconforto. É um anjo em minha vida...

Por enquanto, esse é o registro.

Santa Maria, 2 junho de 2020,
Rodrigo Freitas dos Santos.




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