quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Um convite da vida para vida



Para além da religiosidade... Ou melhor, sem trazer conotação religiosa a este assunto, podemos dizer que a melodia da felicidade é aquela a que todos almejamos. Sempre reflexionei e acho interessante como nós nos sentimos bem quando praticamos algo que o coração diz ser o bem. Não sei o que é o bem em palavras, mas sei sentir o que é o bem. E naturalmente as coisas verdadeiras são assim, isto é, inexprimíveis em palavras. De outro ponto, alguém poderá conceituar o amor, a compaixão, a paz, com meras palavras? Não! Nem de perto arranhamos. Contudo, essas coisas são expressadas por energias que estão na natureza, brotam da natureza, estão nos seres, brotam nos seres, pois nada está separado do tecido de fundo da criação. Assim, quem sabe se criássemos o hábito de nos conectar com essa fonte de bem-aventurança as coisas não se tornariam mais leves em nossa vida e na vida daqueles que nos rodeiam? Se fulano, gosta de preces, que faça preces. Se beltrano gosta de meditação, que medite. Se sicrano gosta de emitir pensamentos nobres, positivos, que os emita em abundância. Sejamos como lanternas da paz, sejamos benfeitores anônimos, espargindo luz, espalhando energia compassiva por todos os lados. Se passa por alguém na rua, não veja outro alguém, mas sim um ser humano igual a nós que busca a felicidade e cuja existência em última análise está ancorada no mesmo tecido de fundo universal, pelo que somos a única e mesma coisa se exprimindo no mundo de formas diferentes conforme a própria mente acredita que deva ser. Não importa! Emita pensamentos no éter: que haja paz nesse ambiente, que tal pessoa (que nunca vi antes na vida) saia daqui banhada em luz e leve isso para sua família e que tudo para ela dê certo e em todos os níveis e que ela atinja a felicidade… Um animal na rua, olhe com amor, veja que há também uma luz nos olhos dele, uma fagulha que anima aquela forma corpórea, cujo tecido de fundo é também o mesmo. Uma planta, uma flor, uma pedra, a areia, até o barro, tudo a mesma coisa… Exercitemos isso. Isso é ser luz no mundo. Isso é trabalho de benfeitor espiritual. Não precisamos aguardar a transmigração da forma física, como a morte, para fazer isso. E alguns podem ser perguntar: mas e eu? Como fico eu? Ao que respondemos: se acima foi dito que o tecido de fundo é o mesmo, quando emitimos bençãos (e temos esse poder por filiação divina) emitimo-la também a nós mesmos. Treinemos, no começo pode ser mecânico, no meio começamos a sentir um calor no coração e um brilho nos olhos, e o fim... Ah! O fim não existe, só Deus (permita-me usar essa palavra) sabe até onde essa luz pode chegar e que maravilhas pode fazer!!!

Lavras do Sul, 14-11-2019.



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